Incêndio em Vimioso “já está dominado”, mas ainda há 200 bombeiros no terreno
Alerta para o fogo, que terá deflagrado devido a trovoada, foi dado pelas 19h de sábado. Pelas 6h de domingo, incêndio chegou a ser dado como dominado, mas ao início da tarde teve uma reactivação.
O incêndio que deflagrou no concelho de Vimioso, no distrito de Bragança, na tarde deste domingo “já está dominado”, disse à Lusa fonte da Protecção Civil. Uma porta-voz do Comando Sub-Regional de Emergência e Protecção Civil das Terras de Trás-os-Montes acrescentou, ainda assim, que 200 operacionais apoiados por 70 veículos continuam a combater as chamas.
O incêndio que começou no concelho de Vimioso estava ao início da madrugada nos territórios de Cicouro e São Martinho de Angueira e lavrava em direcção à localidade espanhola de Alcanices.
O alerta para o fogo, que terá deflagrado devido a uma trovoada, foi dado pelas 19h10 de sábado em Caçarelhos e Angueira, na vila raiana de Vimioso. Pelas 6h de domingo, o fogo chegou a ser dado como dominado, mas ao início da tarde teve uma reactivação, que chegou a ameaçar algumas habitações na povoação de São Martinho de Angueira.
Ainda durante a tarde de domingo, os meios aéreos envolvidos no combate às chamas foram reforçados e estiveram no local sete meios, dois dos quais espanhóis.
Também no distrito de Bragança, um outro incêndio em Soutelo, Carregosa, no Parque Natural de Montesinho, no município de Bragança, continua a ser combatido por 245 operacionais, apoiados por 86 veículos.
O alerta de fogo foi dado às 19h55 de sábado. O comandante Sub-Regional de Emergência e Protecção Civil das Terras de Trás-os-Montes, João Noel Afonso, disse à Lusa ao início da madrugada que este incêndio tinha duas frentes activas.
O vice-presidente da Câmara de Miranda do Douro disse ao final da noite de domingo que a situação era "preocupante” na aldeia em São Martinho devido ao vento, depois da reactivação do fogo. “Apesar do trabalho intenso dos bombeiros e de três máquinas de rasto que estão no terreno, a esta hora a situação é preocupante devido ao vento que muda constantemente de direcção e nunca se sabe o que pode acontecer”, disse à Lusa Nuno Rodrigues.
De acordo com o autarca, a população da aldeia estava concentrada no largo da Igreja, por uma questão de precaução. Também em declarações à Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de São Martinho, Lísis Gonçalves, relatou que o incêndio tinha "muita força” e estava com “quatro frentes”. “Já arderam casas de segunda habitação, vários barracões agrícolas e muita de área de castanheiro que é o nosso ganha-pão”, contou.