Reativação de fogo em Vimioso preocupa autarca de Miranda do Douro

O vice-presidente da Câmara de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, afirmou que a situação do incêndio é “preocupante”.

Foto
O incêndio que deflagrou no sábado no concelho do Vimioso foi dominado esta segunda-feira Rui Gaudêncio
Ouça este artigo
00:00
02:21

O vice-presidente da Câmara de Miranda do Douro disse ao final da noite deste domingo que “a situação é preocupante” na aldeia em São Martinho devido ao vento, depois da reactivação de um fogo que deflagrou no sábado no concelho de Vimioso, distrito de Bragança, e que chegou a ter o apoio de sete meios aéreos.

“Apesar do trabalho intenso dos bombeiros e de três máquinas de rasto que estão no terreno, a esta hora [pelas 22h20], a situação é preocupante devido ao vento que muda constantemente de direcção e nunca se sabe o que pode acontecer”, disse à Lusa o vice-presidente da Câmara de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues.

De acordo com o autarca, a população da aldeia está concentrada no largo da Igreja, por uma questão de precaução, como determinam as regras da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC).

Na zona existe ainda a aldeia de Cicouro, também no concelho de Miranda do Douro.

“Durante a noite, a evolução do fogo terá que ver com as condições meteorológicas, já que os operacionais no terreno estão fazer um bom trabalho”, acrescentou Nuno Rodrigues.

Também em declarações à Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de São Martinho, Lisis Gonçalves, relatou que “o incêndio tem muita força” e está com “quatro frentes”.

“Já arderam casas de segunda habitação, vários barracões agrícolas e muita de área de castanheiro que é o nosso ganha-pão”, contou.

O alerta para o incêndio foi dado pelas 18h10 de sábado em Caçarelos e Anguieira, na vila raiana de Vimioso.

Depois de ter sido dado como dominado cerca das 6h de domingo, durante a tarde o fogo teve uma reactivação e, segundo disse na altura à Lusa o comandante Sub-Regional de Emergência e Protecção Civil das Terras de Trás-os-Montes, João Noel Afonso, existia “uma frente com grande intensidade”.

Ainda durante a tarde, os meios aéreos envolvidos no combate às chamas foram reforçados e estiveram no local sete meios, dois dos quais espanhóis.

De acordo com a informação disponível no ‘site’ da ANEPC, pelas 23h, o fogo, em área de mato, pinho e soutos, estava a ser combatido por 230 operacionais, apoiados por 79 viaturas.

Ainda segundo os dados da ANEPC, pelas 23h continuava igualmente activo o fogo que deflagrou no sábado em Soutelo, Carregosa, no município de Bragança.

O alerta para o incêndio na Carregosa foi dado pelas 18:h55 de sábado e estava a ser combatido, pelas 23h de hoje, por 153 operacionais e 52 veículos.