Câmara intervém em prédio devoluto ardido no domingo em Lisboa por risco de colapso

Fogo provocou a derrocada do interior do edifício e danos menores em imóveis adjacentes. Polícia Judiciária está a analisar as causas do incêndio.

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Protecção civil diz que há "risco objectivo imediato de colapso" para o tardoz e empena lateral direita do prédio Rui Gaudêncio
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A Câmara de Lisboa está a intervir no prédio devoluto que ardeu no domingo na zona da Baixa por existir "risco objectivo imediato de colapso" para o tardoz e empena lateral direita do prédio, informou a protecção civil municipal.

O incêndio ocorreu no domingo à noite no número 16 das Escadinhas de São Cristóvão, na Freguesia de Santa Maria Maior, e ficou circunscrito ao edifício que se encontrava devoluto e vedado, "não se tendo propagado a nenhum outro imóvel", nem causado vítimas ou desalojados.

Segundo fonte da protecção civil municipal, ao início da tarde de hoje foi verificado existir "risco objectivo imediato de colapso do remanescente para o tardoz [fachada oposta ao lado da rua ou à fachada principal] e para a empena [fachada através da qual o edifício pode encostar aos edifícios contíguos] lateral direita do edifício que ardeu".

"Também o andaime que se localiza para a entrada das Escadinhas ameaça colapso", acrescentou.

De acordo com a autarquia, os logradouros do número 10 (1.º andar direito e esquerdo) da Travessa da Madalena, de propriedade privada, deverão ficar interditos durante a intervenção, tal como o acesso às Escadinhas de São Cristóvão e o acesso à Travessa da Madalena (do número 4 ao 16) "de modo a assegurar a segurança de transeuntes".

"Esta interdição não afecta o acesso a quaisquer moradores, dada a possibilidade de o mesmo ser feito pelo lado oposto das respectivas artérias", destacou.

Ainda segundo a fonte da protecção civil municipal, o fogo provocou a derrocada do interior do edifício e danos menores (janelas partidas) em dois edifícios adjacentes.

A câmara destacou também que o edifício devoluto estava "devidamente vedado" e tinha "assinalada a sua interdição", encontrando-se "em permanente monitorização de reforço das condições de segurança".

A autarquia realçou igualmente que a última visita ao edifício foi realizada em 30 de Julho, tendo então sido reposta a vedação e reforçada a sinalização.

Durante o incêndio, cujo alerta foi recebido pelas 23h30 de domingo, foi evacuado o número 5 da Rua de São Cristóvão, "tendo os sete ocupantes regressado às suas habitações pelas 3h, depois de verificadas as condições de segurança", sem que tenha havido necessidade de qualquer realojamento.

O Incêndio foi dado como dominado às 2h22 e o Regimento Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa permaneceu no local durante a noite, em vigilância, acrescentou a mesma fonte. A Polícia Judiciária está a analisar as causas do incêndio.

No combate ao fogo estiveram no local 31 elementos e 10 viaturas do RSB de Lisboa e oito elementos e duas viaturas dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, além de dois elementos da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, 15 elementos e quatro viaturas da PSP, dois elementos e duas viaturas da Polícia Municipal e elementos da Protecção Civil municipal.