Elon Musk é um extremista com um “megafone do mundo”

As redes sociais não provocaram só por si a polarização e a radicalização das democracias, mas transformaram-se num seu poderoso instrumento.

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1. Tudo começou com uma falsidade, divulgada à velocidade da luz nas redes sociais. Durante uma semana, em várias cidades da Inglaterra e da Irlanda do Norte, milhares de pessoas espalharam a violência nas ruas, confrontaram a polícia, destruíram lojas, carros, edifícios, cercaram hotéis reservados pelo Governo aos refugiados à espera de asilo. Lançaram o caos na normalmente tranquila Britânia. Sabemos qual foi a mentira. No dia 29 de Julho, um jovem assassinou três meninas que estavam numa aula de dança ao ar livre na cidade de Southport, no Norte de Inglaterra. O crime hediondo foi atribuído imediatamente, nas redes sociais, a um muçulmano que chegara a Inglaterra num dos barcos que atravessam o canal da Mancha com imigrantes clandestinos. Algumas horas depois, a polícia britânica divulgou a sua identidade: um jovem britânico, nascido em Cardiff, País de Gales, de pais imigrantes do Ruanda de religião cristã. Não valeu de nada.

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