Kamala Harris defende cessar-fogo entre Israel e Hamas
A candidata democrata à presidência dos EUA, num comício em Glendale na sexta-feira, defendeu a necessidade de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, defendeu a necessidade de obter um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas, após mais de dez meses de guerra.
"Agora é o momento de alcançar um acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns. O Presidente (norte-americano Joe Biden) e eu trabalhámos incansavelmente todos os dias para chegar a este acordo", disse Harris na sexta-feira à tarde.
A actual vice-presidente falava num comício em Glendale, no estado de Arizona (sudoeste), quando voltou a ser interrompida por manifestantes pró-palestinianos que entoavam o slogan "Palestina livre". "Respeito as vossas opiniões, mas estamos aqui para falar sobre a corrida presidencial de 2024", acrescentou Harris.
A candidata democrata já tinha enfrentado protestos pró-Palestina num outro comício, na cidade de Detroit, no estado de Michigan (Centro-Norte), na quarta-feira.
Os Estados Unidos são, de longe, o principal apoiante militar de Israel, algo que tem dividido o campo democrata.
Negociadores dos EUA, Qatar e Egipto exigiram na quinta-feira a Israel e ao Hamas que "retomem as negociações urgentes na quinta-feira, dia 15 de Agosto, em Doha ou no Cairo, para encerrar o que falta e começar a aplicação do acordo sem mais demoras".
A actual proposta baseia-se nos princípios descritos em Maio por Joe Biden, que incluem uma primeira fase, de seis semanas, durante a qual haveria um cessar-fogo total, a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza e a troca de reféns israelitas por presos palestinianos nas cadeias israelitas.
Na sexta-feira, o ministro de extrema-direita israelita Bezalel Smotrich pediu ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que recusasse a proposta por a considerar "um acordo de rendição".