FC Porto goleia Gil Vicente e assume liderança da Liga

Galeno e Namaso marcaram de penálti, com Iván Jaime a justificar a titularidade com novo golo. Gilistas acabaram reduzidos a dez.

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Portista Nico González em duelo com o gilista Zé Carlos MANUEL FERNANDO ARA??JO / LUSA
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Dois anos de jejum, sem reforços, com Galeno incerto e ainda sem Pepê e Evanilson no "onze" inicial. Foi desta forma que o FC Porto iniciou este sábado a Liga 2024-25 com um triunfo claro (3-0) frente ao Gil Vicente, opositor que surpreendera nas duas épocas anteriores no Dragão.

Depois da Supertaça, Galeno e Iván Jaime voltaram a marcar. Namaso também ajudou à goleada com o segundo penálti dos portistas, que só no início da segunda parte tremeram, acabando por garantir o primeiro lugar do campeonato.

Vítor Bruno fez alterações relativamente à Supertaça — troféu conquistado frente ao Sporting —, deixando João Mário e Grujic de reserva no banco, para apostar em Eustáquio e Iván Jaime de início, rearranjando o desenho táctico.

Martim começou como acabou em Aveiro, na direita, tal como Galeno, a monitorizar todo o corredor contrário, enquanto Iván Jaime pisava espaços mais interiores e Eustáquio ocupava a sua posição natural.

Respondeu o Gil Vicente com um 4x4x2 que tendia a formar uma linha de seis homens na defesa, deixando apenas Fujimoto no apoio directo a Jorge Aguirre, na frente, onde se notou a ausência de Pepe, o central que anunciou o final de carreira esta semana.

Na verdade, Pepe esteve bem presente no estádio, provocando um momento emotivo no Dragão, com as bancadas de pé ao terceiro minuto para a devida vénia ao antigo “capitão”.

Emoções à parte, seria preciso esperar quase meia hora para o momento que determinou a vantagem portista. Nico González já tinha ameaçado num cabeceamento e voltou a surgir em zona de definição para provocar o erro de Buatu, com o defesa angolano a desviar a bola com a mão. Pecado que levou o VAR a alertar o árbitro para o potencial penálti confirmado pelas imagens.

Galeno colocava os “dragões” em vantagem, expondo as fragilidades gilistas, tendo estado iminente o segundo golo dos “azuis e brancos”, que acabou por não surgir.

E esse facto revelar-se-ia decisivo para a forma mais ousada como o Gil Vicente pôde abordar a segunda parte, que arrancou com a equipa de Barcelos a criar um par de lances de perigo, explorando algumas incongruências da defesa portista.

Na prática, nada de concreto resultou dessa tentativa de intimidar os “dragões”, pelo que o FC Porto reassumiu o controlo, construiu alguns ataques com finalizações na área e ampliou a vantagem em mais um golo de Iván Jaime.

Com mais 30 minutos para garantir uma vitória sólida no arranque da época 2024/25, Vítor Bruno chamou Pepê e Vasco Sousa. E o jogo voltou a conhecer um único sentido, sublinhado por novo golo de penálti a punir entrada do guardião Andrew aos pés de Nico González, tendo Danny Namaso assumido a conversão que colocava o FC Porto provisoriamente na liderança do campeonato.

O terceiro golo e a expulsão de Sandro Cruz (seis minutos depois) levaram o Gil Vicente ao tapete, com Carlos Cunha, treinador interino — Tozé Marreco abandonou o cargo esta semana —, a ver qualquer tentativa de reacção estratégica esvaziar-se.

Até final, o FC Porto continuou à procura do quarto golo, que acabou por não aparecer.

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