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Emprego atinge novo máximo e taxa de desemprego recua para 6,1%
No segundo trimestre de 2024, havia quase 5,1 milhões de pessoas empregadas em Portugal.
O emprego em Portugal atingiu um novo máximo histórico, aproximando-se dos 5,1 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2024, enquanto a taxa de desemprego recuou para 6,1%.
Depois de, no arranque de 2024, Portugal ter ultrapassado a barreira dos cinco milhões de pessoas empregadas, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que este indicador atingiu agora um novo recorde à boleia do sector dos serviços e totalizou 5099,9 mil pessoas.
Trata-se de um aumento de 0,8% (40,5 mil) em relação ao trimestre anterior e de 1% (48,5 mil) face ao período homólogo de 2023.
Esta evolução positiva do emprego ficou a dever-se ao aumento de 2,2% dos empregados no sector dos serviços, nomeadamente nos agregados da administração pública, defesa e Segurança Social obrigatória e da educação, cujo aumento (55,3 mil pessoas) representou 69,3% da variação do sector.
O INE destaca ainda o aumento registado nos homens (1%); nas pessoas dos 25 aos 34 anos (3,5%), com ensino superior (6,%) e com contrato sem termo (3,4%).
Desemprego jovem fixa-se em 22%
Já a população desempregada recuou para 332 mil pessoas e a taxa de desemprego caiu para 6,1%, ficando abaixo dos 6,8% registados no trimestre anterior e mantendo a proporção do período homólogo.
Para a evolução homóloga da população desempregada, destaca o INE, contribuíram os acréscimos nas mulheres (2,3%); pessoas dos 16 aos 24 anos (19,7%); com ensino superior (10,2%) e desempregados há menos de 12 meses (4,8%). Cerca de 39% dos desempregados estavam nessa situação há 12 ou mais meses (desemprego de longa duração), valor superior ao do trimestre precedente, mas inferior ao do trimestre homólogo.
O desemprego jovem (pessoas dos 16 aos 24 anos) continua a ser muito superior à taxa apurada para a generalidade da população. De acordo com o INE, 22% dos jovens estavam na situação de desemprego, uma percentagem que diminuiu em relação ao trimestre anterior (um ponto percentual) e aumentou relativamente ao trimestre homólogo (4,7 pontos percentuais).
A taxa de subutilização do trabalho – um indicador mais abrangente da população desempregada porque contabiliza o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inactivos à procura de emprego, mas não disponíveis, e os inactivos disponíveis, mas que não procuram emprego – recuou para 10,6%.
O inquérito trimestral realizado pelo INE para analisar o mercado de trabalho não desconta o efeito da sazonalidade. Por isso, a evolução do emprego e do desemprego é mais favorável nos segundo e terceiro trimestres muito influenciados pelos empregos relacionados com a actividade turística e com o Verão.
Os dados agora divulgados foram calibrados com os resultados definitivos dos Censos 2021, que actualizaram as estimativas da população residente em Portugal.