Wolfgang Rihm (1952-2024), o compositor que olhou a composição nos olhos

“Criar arte é por si só um chamamento de liberdade sem fronteiras”, escreveu Rihm. O compositor alemão era livre e levava a liberdade muito a sério: daí nasce a vontade de romper com o já feito.

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"Só é possível estabelecer vínculos com as obras que nos fascinam, mas não por causa dos seus aspectos técnicos", disse o compositor Sean Gallup/Getty Images
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A música de Wolfgang Rihm tem “tudo” do compositor dentro dela, “medos, ansiedades e, claro, a euforia”, dizia o próprio. Rihm morreu no dia 28 de Julho, aos 72 anos, num lar nos arredores de Karlsruhe onde vivia. Foi-se o homem, fica a obra, que nunca teve medo de ser vulnerável e mudou o panorama da música clássica contemporânea. É esse o seu legado: a inovação. E a humanidade que alimenta (e se confunde com) a música que compôs.

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