Lar de idosos em Rio Maior encerrado na sequência de investigação de maus tratos

GNR elaborou auto por consumo de estupefacientes e três autos relativamente a questões de salubridade e segurança.

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Lar em Rio Maior, no distrito de Santarém, foi encerrado e os 14 utentes foram realojados em casas de familiares e noutras instituições Nuno Ferreira Santos
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Um lar em Rio Maior, no distrito de Santarém, foi encerrado e os 14 utentes foram realojados em casas de familiares e noutras instituições, no âmbito de uma investigação de maus tratos a idosos. A estrutura residencial para pessoas idosas foi encerrada na terça-feira por militares do Comando Territorial de Santarém, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE).

Segundo a GNR, a inspecção ao lar foi realizada “no âmbito de uma investigação de maus tratos a idosos, numa acção conjunta com a Segurança Social e a Autoridades de Saúde Pública da Lezíria Tejo”.

“Na sequência da acção, o NIAVE identificou seis funcionários e 14 idosos, com idades compreendidas entre os 75 e 95, realizando diligências e recolha de prova no âmbito da investigação, tendo sido elaborado um auto por consumo de estupefacientes”, adianta em comunicado.

No decorrer da fiscalização, a Unidade de Fiscalização de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), da Segurança Social, elaborou três autos relativamente a questões de salubridade e segurança.

A GNR refere que, face às condições constatadas no lar, “a estrutura foi encerrada, sendo os 14 idosos realojados em habitações de familiares e estruturas residenciais para idosos”.

Contactado pela Lusa, o oficial de Comunicação e Relações Públicas do Comando Territorial de Santarém, major Cláudio Lopes, adiantou que, apesar de o processo se ter iniciado pelo crime de maus tratos, “para já, ainda é prematuro falar sobre isso”. “Ainda continuamos a investigar, o processo continua a correr”, disse o major Cláudio Lopes, acrescentando que é necessário “fazer recolha de prova” e “averiguar os factos denunciados”.

Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Rio Maior.