Banco Montepio passa de prejuízo para lucros de 68,7 milhões

A margem financeira aumentou 2,2%, para 198,6 milhões de euros no primeiro semestre do ano.

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Manuel Roberto
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O Banco Montepio teve lucros de 68,7 milhões de euros no primeiro semestre, recuperando dos prejuízos de 48,3 milhões registados no mesmo período do ano passado, foi nesta sexta-feira comunicado ao mercado. Segundo o banco detido pela Associação Mutualista Montepio Geral, este desempenho “representa um máximo histórico obtido num semestre” pela instituição.

De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta manhã, esta evolução homóloga é “consubstanciada no incremento do produto bancário (+11,1% em termos homólogos) e na redução das imparidades e provisões (-11,6% em termos homólogos)”.

Por sua vez, a margem financeira, que resulta da diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos, aumentou 2,2%, para 198,6 milhões de euros.

Sobre a margem financeira, a instituição sublinha que o crescimento “beneficiou do aumento dos juros do crédito a clientes, induzido pela evolução favorável do crédito e pelo efeito do repricing dos contratos no contexto da subida das taxas de juro, e dos juros com as aplicações efectuadas em títulos, que permitiram compensar a subida dos juros de recursos de clientes e da tomada de fundos no mercado”.

Ainda segundo o comunicado do banco, “a evolução do negócio no primeiro semestre de 2024 — com particular destaque para o aumento dos depósitos de clientes e do crédito líquido em 6,3% e 1,6%, respectivamente, e para a redução das exposições não produtivas — foi determinante para a evolução da rendibilidade e para o reforço da liquidez”.

Já sobre as comissões, o seu valor “totalizou 63,1 milhões nos primeiros seis meses de 2024, comparando com 65,3 milhões registados no período homólogo de 2023, traduzindo os maiores proveitos com a manutenção e gestão de contas, que não foram, todavia, suficientes para mitigar a redução das comissões de mercado, de serviços de pagamento e do crédito”.