Novak Djokovic nunca esteve tão perto do ouro olímpico
À quarta tentativa, o tenista sérvio chegou à final dos Jogos Olímpicos, onde vai defrontar Carlos Alcaraz.
Aos 37 anos, Novak Djokovic ainda tem objectivos por alcançar. Um deles está parcialmente cumprido, depois do sérvio ter derrotado Lorenzo Musetti na meia-final do torneio olímpico. Dezasseis anos depois da primeira tentativa, Djokovic vai lutar pela medalha de ouro na final deste domingo com Carlos Alcaraz, com quem perdeu as duas últimas finais importantes, em Roland-Garros e Wimbledon.
“Esperei por isto por quase 20 anos. Joguei quatro Jogos Olímpicos, este é o meu quinto e nunca passei das meias-finais. Consegui superar esse grande obstáculo. Devo ser honesto e dizer que estava pensando em todas as semifinais que perdi”, revelou Djokovic (2.º no ranking), após derrotar Musetti (16.º), por 6-4, 6-2. O sérvio é o quinto tenista a disputar as quatro finais do Grand Slam e a final olímpica, juntando-se a Andre Agassi, Roger Federer, Rafael Nadal e Andy Murray.
Antes, Carlos Alcaraz foi mais enfático a qualificar-se para a final ao derrotar o canadiano Felix Auger-Aliassime, com um duplo 6-1, tornando-se no terceiro tenista espanhol a alcançar a final olímpica, repetindo os feitos de Jordi Arrese (1992), Sergi Bruguera (1996) e Rafael Nadal (2008) – o único a conquistar o ouro.
"Vai ser um momento muito especial para mim, na minha vida, na minha carreira, por isso vou tentar aproveitar o momento, porque vai ser muito difícil. Vai ser difícil, mas vai ser especial. Vou tentar concentrar-me em mim mesmo e tentar não ouvir tudo isso, todos os fãs, todas as pessoas que dizem 'vou vencer'. Só quero dar 100% do meu melhor ténis e espero atingir o meu objectivo de ganhar o ouro", afirmou o tenista de 21 anos. Finalista olímpico mais novo só o americano Robert LeRoy, finalista nos Jogos de St. Louis de 1904, com 19 anos.
Mais tarde, Auger-Aliassime acabou o dia com a conquista da medalha de bronze em pares mistos, ao lado da compatriota Gabriela Dabrowski. A medalha de ouro nesta variante foi para os checos Katerina Siniakova e Tomas Machac, que venceram, na final, os chineses Wang Xinyu e Zhang Zhizhen, por 6-2, 5-7 e 10/8.
Refeita da decepção da véspera, Iga Swiatek tornou-se na primeira tenista polaca a conquistar uma medalha olímpica – 36 anos depois do pai, o remador Tomasz Swiatek, ter representado a Polónia nos Jogos de Seul. A número um mundial foi claramente superior à eslovaca Anna Karolina Schmiedlova (67.ª no ranking), derrotando-a com os parciais de 6-2, 6-1, em 55 minutos, conquistando o bronze.
“Um sonho real é provavelmente o ouro, mas estou muito feliz por me ter recuperado depois do encontro de ontem, porque não foi fácil vir hoje com alegria de jogar. No ténis, raramente temos uma situação em que entramos no court depois de perder. Estou feliz por ter conseguido terminar com um resultado positivo e qualquer medalha é uma grande conquista. Estou muito feliz por ter trabalhado duro ao longo da minha carreira para ganhar uma medalha e vencer um encontro dessa forma, porque é algo incrível para mim e nunca esperei isso”, disse Swiatek.
A medalha de ouro é atribuída este sábado e será discutida entre a chinesa Zheng Qinwen (7.ª) e a croata Donna Vekic (21.ª).