Benjamin Fondane, poeta-filósofo, corpo celeste em aceleração estonteante

Lutou até às mais trágicas consequências pela liberdade e a autonomia do pensamento e das artes. Morreu em Auschwitz. Um livro com ensaios seus é agora editado em Portugal.

Foto
Benjamin Fondane DR
Ouça este artigo
00:00
08:03

Segundo Nietzsche, a filosofia mais não seria do que “uma confissão do seu criador e um género involuntário e desapercebido de mémoires”. A vida e a obra de Benjamin Fondane (1898-1944) foram uma demonstração brilhante e trágica desse postulado. O escritor romeno Emil Cioran, amigo próximo de Fondane, disse sobre ele: “Nunca antes tinha visto uma tal concordância entre parecer e dizer, entre fisionomia e palavra. É-me impossível pensar na mais pequena das afirmações de Fondane sem imediatamente me dar conta da presença imperiosa dos seus traços.” Cioran escreve isto num texto memorialístico que acompanha a recente edição do livro de ensaios A Segunda-Feira Existencial e o Domingo da História pela VS., que já nos havia dado a poesia de Fondane, em Ulisses.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar