Venezuela rompe relações diplomáticas com o Peru

Lima reconheceu o candidato da oposição como “Presidente eleito” depois de Caracas pedir a saída dos funcionários diplomáticos e consulares peruanos e de vários outros países da região.

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Protesto no México contra os resultados das eleições na Venezuela Henry Romero / REUTERS
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A Venezuela rompeu na terça-feira as relações diplomáticas com o Peru, depois de Lima ter reconhecido o candidato da oposição como "Presidente eleito", numa reacção que a Presidência peruana considerou já arbitrária.

"A Venezuela decidiu romper as relações diplomáticas com a República do Peru na sequência das declarações desrespeitosas do ministro dos Negócios Estrangeiros que não tiveram em conta a vontade do povo venezuelano", declarou o chefe da diplomacia do Governo de Nicolás Maduro, Yvan Gil, numa mensagem divulgada na rede social X (antigo Twitter).

Para a Presidência do Peru "esta decisão só vem formalizar a arbitrária anterior decisão de pedir a saída dos funcionários diplomáticos e consulares peruanos e de vários outros países da região".

"O Peru lamenta profundamente o sofrimento do povo irmão venezuelano e faz votos para que a democracia e a liberdade triunfem rapidamente na Venezuela", indicou o Governo de Lima, numa mensagem também difundida na terça-feira na rede social X.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou oficialmente, na segunda-feira, como Presidente Nicolás Maduro, para o período 2025-2031. De acordo com os dados oficiais do CNE, Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,2% dos votos, tendo obtido 5,15 milhões de votos.

A oposição venezuelana reivindica, contudo, a vitória nas eleições presidenciais, com 70% dos votos para Gonzalez Urrutia, afirmou a líder opositora María Corina Machado, recusando-se a reconhecer os resultados proclamados pelo CNE.