Mais de 200 bombeiros, apoiados por helicópteros e aviões de transporte de água, combateram um incêndio florestal na segunda maior ilha grega, Evia, pelo segundo dia consecutivo, enquanto as autoridades ordenavam a evacuação de duas aldeias

O fogo deflagrou perto da aldeia de Petries, no centro da ilha, por volta das 15h de segunda-feira e os ventos fortes alimentaram a propagação do mesmo. Embora a situação tenha melhorado ligeiramente na terça-feira, os incêndios continuam a ser um risco devido às condições de vento, afirmou um porta-voz dos bombeiros.

Treze aviões e seis helicópteros estiveram no local esta terça-feira, a cerca de 60 km a nordeste da capital, Atenas. Um navio da guarda costeira esteve de prevenção durante a noite para possíveis evacuações de zonas da região por mar. “Foi - e é - um incêndio difícil, uma vez que começou num local difícil”, disse o ministro da Protecção Civil e da Crise Climática, Vassilis Kikilias, que se deslocou a Eubeia na segunda-feira, citado pela emissora estatal ERT.

Os incêndios florestais na Grécia tornaram-se mais frequentes nos últimos anos, durante os Verões cada vez mais quentes e secos que os cientistas associam às alterações climáticas. No ano passado, deflagraram mais de 8000 incêndios, segundo dados dos bombeiros. O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis afirmou que a Grécia tem estado a enfrentar “um Verão muito difícil” em termos de condições climáticas. “Ainda temos um mês muito difícil, Agosto, pela frente e, obviamente, temos de estar todos em alerta máximo”, disse aos ministros durante uma reunião do gabinete.

Desde Maio, centenas de incêndios florestais arderam em todo o país, que acaba de registar o Junho mais quente de que há registo e a sua mais longa vaga de calor. Os incêndios foram turbinados por ventos fortes e pela seca em várias partes do país. Em 2021, um incêndio devastador deflagrou durante quase uma semana no norte de Eubeia, transformando em cinzas mais de 46 500 hectares de terra, destruindo casas e matando animais.