Na rentrée do Bloco de Esquerda, Irene Montero vai a Braga falar sobre a Palestina

Esperam-se “300, 400 pessoas” na Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga. Nesta rentrée, Isabel Pires diz que o principal objectivo é “dialogar para fora, com outras pessoas”.

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Mariana Mortágua durante o discurso de encerramento do Fórum Socialismo, em 2023 NUNO ANDRÉ FERREIRA / LUSA
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Em início de férias políticas, o Bloco de Esquerda já prepara a rentrée: entre 30 de Agosto e 1 de Setembro, no Fórum Socialismo vão debater-se os temas para os quais “não há tanto tempo” ou “disponibilidade” no dia-a-dia, diz ao PÚBLICO a ex-deputada bloquista Isabel Pires. Por isso, destaca a Palestina — tema de abertura que vai juntar a ex-ministra da Igualdade espanhola, agora eurodeputada, Irene Montero, à colega de bancada no Parlamento Europeu, Catarina Martins. Este ano, o palco da iniciativa é a Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga.

Serão mais de 50 debates ao longo de dois dias (o primeiro dia está reservado apenas para a sessão de abertura, às 21h) e o objectivo é ter “gente diversificada” em confronto de ideias. Um dos oradores é Augusto Santos Silva, ex-presidente da Assembleia da República, numa conversa intitulada “Como mobilizar e unir a cidadania no combate à extrema-direita”. Pouco depois de a Aliança Democrática (AD) ter vencido as eleições legislativas de 10 de Março, o socialista Santos Silva alertou, num artigo que escreveu para o PÚBLICO, para os perigos que uma convergência à esquerda representa para o PS.

Isabel Pires considera “muito importante” a presença de outros “pontos de vista” porque “é também da discussão desses vários pontos de vista que eventualmente se chega a soluções cada vez mais consensuais” — e isso traz “riqueza” ao debate, considera.

“Aprofundar temas sobre os quais já falamos há muito tempo, debater temas novos sobre os quais nunca falamos”: é assim que a ex-deputada apresenta o programa que marca a rentrée do Bloco de Esquerda. Há temas que continuam (e continuarão) a ser discutidos: os direitos laborais, o feminismo, o combate à extrema-direita, a Europa, as guerras e as revoluções. E a actualidade traz novos temas para cima da mesa: há vários debates sobre novas tecnologias, e especialmente sobre o impacto da inteligência artificial no trabalho. Também há espaço para falar sobre as eleições francesas, das quais saiu vencedora a frente de esquerda, e, claro, a Palestina, tema central desta rentrée e que, para o Bloco, urge pensar e discutir.

Entre os oradores, além dos já mencionados Irene Montero e Augusto Santos Silva, há várias presenças confirmadas. A presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), Joana Bordalo e Sá, encabeça uma conversa sobre a privatização da saúde (“a ânsia privatizadora na saúde”, lê-se no programa). E vai discutir-se o Pacto Europeu para as Migrações e Asilo, recentemente aprovado no Parlamento Europeu, que muda regras de acolhimento e redistribuição de refugiados. As ex-eurodeputadas bloquistas Anabela Rodrigues e Marisa Matias vão discutir esse pacto enquanto “mais um passo na Europa Fortaleza”.

O comentador político e ex-dirigente bloquista Daniel Oliveira vai falar sobre o crescimento da extrema-direita nos media e a advogada Leonor Caldeira vai conversar com a deputada bloquista Joana Mortágua sobre “as potências do feminismo contra o conservadorismo”.

O Fórum Socialismo termina com um discurso da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, no dia 1 de Setembro, às 16h. Espera-se que se juntem na Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga, cerca de “300, 400 pessoas”. Nesta rentrée, Isabel Pires diz que o principal objectivo é “dialogar para fora, com outras pessoas”.

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