Mais de 20 mortos em 24 horas devido a onda de calor em Marrocos

“A maioria das mortes ocorreram entre pessoas que sofriam de doenças crónicas e idosos, e as altas temperaturas contribuíram para a deterioração do seu estado de saúde”, afirmam as autoridades.

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Homens abrigam-se do calor, numa anterior vaga a 15 de Setembro de 2023, em Marraquexe, Marrocos Carl Court/GettyImages
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Vinte e uma pessoas morreram em 24 horas numa cidade do centro do Marrocos, devido a uma nova onda de calor que atingiu o país, que atravessa o seu sexto ano consecutivo de seca, declarou o Ministério da Saúde marroquino. A Direcção-Geral de Meteorologia (DGM) de Marrocos anunciou esta quista -feira o registo de uma forte onda de calor entre segunda-feira e quarta-feira em várias localidades, com temperaturas a atingir os 48 graus Celsius, nomeadamente em Beni Mellal, no centro de Marrocos

“A maioria das mortes ocorreram entre pessoas que sofriam de doenças crónicas e idosos, e as altas temperaturas contribuíram para a deterioração do seu estado de saúde, levando à sua morte”, afirmou a Direcção Regional de Saúde marroquina num comunicado

Marrocos registou recordes de calor neste Inverno, com o mês de Janeiro mais quente registado no reino desde 1940 (quase 37 graus Celsius em alguns locais), de acordo com a DGM.

O aumento das temperaturas ameaça o sector agrícola, essencial à economia nacional, e as reservas de água nas barragens. A evaporação da água atingiu “um milhão e meio de metros cúbicos por dia”, disse o ministro da Água marroquino, Nizar Baraka, no final de Junho.

O recorde nacional de temperatura máxima foi registado em Agosto de 2023, em Agadir (sul) com 50,4 graus Celsius.

As alterações climáticas estão a provocar fenómenos meteorológicos extremos mais longos, mais fortes e mais frequentes, como as ondas de calor e as inundações.