Sp. Braga garante vantagem confortável na luta pela Liga Europa

Os bracarenses ficaram-se por uma exibição q.b., mas conseguiram derrotar o Maccabi Petah Tikva, por 2-0, na primeira mão da segunda pré-eliminatória da Liga Europa.

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Rodrigo Zalazar esteve em destaque frente ao Maccabi Petah Tikva JOSE COELHO / EPA
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Não foi a exibição perfeita, mas numa altura em que as equipas ainda estão a aquecer os motores, o Sp. Braga conseguiu o mais importante: uma vantagem que garante conforto para a segunda mão da segunda pré-eliminatória da Liga Europa. No Minho, frente aos israelitas do Maccabi Petah Tikva, os “arsenalistas” chegaram ao intervalo a zero e com uma exibição amorfa, mas com golos de Ricardo Horta e Rodrigo Zalazar, garantiram uma vitória, por 2-0, resultado que coloca a equipa portuguesa em excelente posição para ultrapassar a eliminatória.

Na estreia oficial como treinador do Sp. Braga, Daniel Sousa tinha mostrado cautelas que pareciam exageradas. Na antevisão de um confronto com um rival com atributos claramente inferiores, o antigo treinador do Arouca não tinha disponíveis Paulo Oliveira, Robson Bambu e Vítor Carvalho, todos lesionados, e insistiu para a “dificuldade deste jogo”, por ser “o primeiro oficial” e estar a dar início a um “processo, que demorará o seu tempo”: “O grupo está preparado para o desafio. Vamos procurar a vitória, sabendo de antemão das dificuldades que vamos enfrentar”, referiu.

A forma prudente como Daniel Sousa abordou o duelo com o Maccabi Petah Tikva reflectiu-se nas escolhas iniciais do treinador. Optando por uma abordagem conservadora, o treinador mexeu o mínimo possível e, em relação à temporada passada, colocou no seu “onze” apenas uma novidade: Amine el Ouazzani, ponta-de-lança contratado aos franceses do Guingamp. No entanto, a máquina bracarense demorou a começar a carburar.

Com uma equipa israelita que não se remeteu à defesa e, sempre que possível, com níveis de agressividade altos, pressionou à saída da área dos minhotos, os primeiros 45 minutos foram desinteressantes e sem grandes oportunidades.

Logo no minuto 4, Amine El Ouazzani surgiu isolado perante a baliza e foi derrubado por Mohammed Hindi, mas o marroquino estava fora de jogo e o cartão vermelho para o jogador da equipa de Israel foi revertido após indicação do VAR.

A partir daí, com os bracarenses incapazes de elevarem o ritmo da partida, o jogo passou a ser letárgico e foi preciso esperar cerca de 30 minutos para haver alguma emoção em Braga: lançado por Zalazar, Bruma surgiu na cara de Marco Wolff, mas o guardião do Maccabi Petah Tikva ganhou o duelo com o internacional português e, com uma excelente mancha, evitou o primeiro golo minhoto.

Meia dúzia de minutos depois, foi a vez de Ricardo Horta ter no seu pé esquerdo a oportunidade de marcar, mas Wolff voltou a mostrar qualidade e manteve a sua baliza segura. Com o Sp. Braga no melhor momento, em cima do intervalo surgiu nova oportunidade para a equipa portuguesa, mas Roger Fernandes, após novo bom passe de Zalazar, falhou por pouco o alvo.

Com tudo a zero no final da primeira parte, Daniel Sousa optou por não mexer na sua equipa, mas, mesmo mantendo os jogadores, o Sp. Braga conseguir ser melhor nos últimos 45 minutos e, acima de tudo, ser eficaz.

Aos 56’, Bruma, pela esquerda, arrancou com enorme velocidade e, após uma jogada de qualidade, colocou em Ricardo Horta e o capitão do Sp. Braga não desperdiçou a segunda oportunidade que teve no encontro, fazendo o 1-0.

Um par de minutos depois, Roger Fernandes foi derrubado dentro da área conquistando uma grande penalidade. Com a responsabilidade de assumir o duelo com arco Wolff, Zalazar não falhou e deu dois golos de vantagem ao Sp. Braga e fixou o resultado em 2-0, que deixa os “arsenalistas” com pé e meio na eliminatória seguinte.

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