Governo mantém prioridade na expansão do Metro de Lisboa mesmo sem PRR
A expansão da rede do Metro de Lisboa até Alcântara - um dos investimentos previstos no PRR - será “materialmente impossível” concluir até final de 2026.
O Ministro das Infra-Estruturas disse nesta quarta-feira, no Parlamento, que o Metro de Lisboa pode falhar nos prazos para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas que mesmo assim será mantida a prioridade na expansão da linha vermelha.
Em audição na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, Miguel Pinto Luz disse que "o Metro de Lisboa tem sido um desafio enorme" e que assume "a possibilidade de falhar no PRR", no recebimento de fundos europeus. Já anteriormente, o governante tinha dito que a litigância pode levar a que o Metro de Lisboa falhe os prazos do PRR.
O governante disse que foi invocado o interesse público para acelerar o processo e que mesmo que o Metro fique sem fundos do PRR se "mantém a prioridade sobre a linha vermelha". "Claro que sim", afirmou.
O presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR (CNA-PRR), Pedro Dominguinhos, disse em conferência de imprensa que a expansão da rede do Metro de Lisboa até Alcântara (um dos investimentos previstos no PRR) será "materialmente impossível" concluir até final de 2026.
Nesta expansão estão previstas quatro novas estações e o prazo de execução da obra que está definido em contrato é o final de 2026, o que "torna dentro dos prazos conhecidos, materialmente impossível a sua concretização", assumiu o gestor.
Dominguinhos explicou que "este é um investimento que sofreu duas impugnações judiciais, que neste momento estão concluídas, e desde Maio a obra está no terreno", tendo sofrido vários percalços.
A obra abrange uma extensão de cerca de quatro quilómetros e quatro novas estações: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara.
A estação de Alcântara fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).