Camboja: nasceu a primeira cria em cativeiro de espécie ameaçada de tartaruga

Com apenas seis centímetros de comprimento, cria de tartaruga-preta-do-pântano, natural do Sudeste Asiático, deverá ficar num santuário entre quatro a seis anos até ser reintroduzida na natureza.

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A tartaruga bebé tem seis centímetros de comprimento e pesa 40 gramas CHANTHA LACH/REUTERS
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A cuidadora de tartarugas, Phorn Sreymom, mede uma cria de tartaruga-preta-do-pântano, nascida em cativeiro no Centro Angkor para a Conservação da Biodiversidade, no Camboja CHANTHA LACH/REUTERS
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O Centro Angkor para a Conservação da Biodiversidade, para onde foi a tartaruga-preta-do-pântano resgatada do mercado negro, é um santuário para a vida animal CHANTHA LACH/REUTERS
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A directora do centro Christel Griffioen segura a cria de tartaruga-preta-do-pântano CHANTHA LACH/REUTERS
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O Centro Angkor para a Conservação da Biodiversidade, para onde foi a tartaruga-preta-do-pântano resgatada do mercado negro, é um santuário para a vida animal CHANTHA LACH/REUTERS
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Christel Griffioen ao lado de Phorn Sreymom, que mede a cria de tartaruga-preta-do-pântano, nascida em cativeiro no Camboja CHANTHA LACH/REUTERS
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O Centro Angkor para a Conservação da Biodiversidade, para onde foi a tartaruga-preta-do-pântano resgatada do mercado negro, é um santuário para a vida animal CHANTHA LACH/REUTERS
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A primeira tartaruga-preta-do-pântano (Siebenrockiella crassicollis) ​nascida em cativeiro no Camboja está a ser cuidadosamente cuidada por conservacionistas até poder ser libertada na natureza, como parte de um plano para reconstruir a população deste réptil ameaçado de extinção. A tartaruga bebé nasceu no final de Maio, no Centro Angkor para a Conservação da Biodiversidade (ACCB), depois de os seus pais terem sido resgatados do mercado negro.

O minúsculo réptil tem apenas seis centímetros de comprimento e pesa cerca de 40 gramas. Os indivíduos adultos atingem normalmente cerca de 17 a 20 centímetros. A cria deverá permanecer no santuário até ser suficientemente grande para ser menos vulnerável aos seus predadores naturais, disse a directora nacional do ACCB, Christel Griffioen.

“Quando lá chegarmos, e isso pode demorar quatro a seis anos, vamos então considerar a reintrodução deste indivíduo, ou seja, trazer este animal de volta à natureza”, disse Griffioen. Nessa altura, a responsável espera que possam ser utilizados localizadores para seguir a tartaruga e “aprender mais sobre a ecologia da espécie, os nossos planos para a reintrodução a longo prazo e a recuperação da espécie no Camboja”.

A tartaruga-preta-do-pântano, um réptil de água doce originário do Sudeste Asiático, está classificada como Em perigo de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês). A população está ameaçada pela perda de habitat e pelo comércio ilegal de animais selvagens, procurados tanto pela sua carne como pela sua carapaça, que é utilizada em medicamentos tradicionais.

A ACCB, sediada na província de Siem Reap, onde se encontra o complexo de templos de Angkor Wat, tem actualmente seis tartarugas adultas do pântano negro e alberga também 29 outras espécies ameaçadas.