Tadej Pogacar falha Jogos Olímpicos por fadiga

O vencedor da edição deste ano da Volta a França em bicicleta justifica a decisão com a necessidade de descansar.

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Pogacar não vai aos Jogos Olímpicos de Paris 2024 Stephane Mahe / REUTERS
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O ciclista Tadej Pogacar (UAE Emirates), que domingo venceu pela terceira vez a Volta a França, vai falhar os Jogos Olímpicos Paris 2024, para os quais estava convocado, devido a "fadiga", anunciou nesta segunda-feira o Comité Olímpico da Eslovénia.

Em comunicado, aquele organismo dá conta da retirada do "astro" maior do ciclismo mundial, numa época em que venceu Volta a Itália e Volta a França, entre outras corridas, desfalcando a Eslovénia.

"Infelizmente, o Tadej retirou-se dos Jogos devido a fadiga extrema", declarou o seleccionador olímpico, Uros Murn, citado em comunicado.

Segundo a mesma fonte, o campeão nacional de fundo Domen Novak, seu colega de equipa na UAE Emirates, vai tomar o lugar do ciclista que, em 2021, conquistou a medalha de bronze na corrida de fundo de Tóquio 2020.

A Eslovénia fica, assim, privada dos dois medalhados na última edição dos Jogos, uma vez que o campeão olímpico de contra-relógio, Primoz Roglic, declinou o convite.

Aos 25 anos, Pogacar é já um dos grandes ciclistas de sempre, com três vitórias no Tour, inúmeras clássicas, das quais seis "Monumentos", uma no Giro e um quadro quase sem paralelo de sucessos.

No domingo, "Pogi" juntou-se ao belga Philippe Thys (vencedor em 1913, 1914, 1920), ao francês Louison Bobet (1953, 1954, 1955) e ao norte-americano Greg LeMond (1986, 1989, 1990) na lista de tricampeões do Tour e fica a dois triunfos de igualar os recordistas Jacques Anquetil, Eddy Merckx, Bernard Hinault e Miguel Indurain.

O esloveno, que vestiu a camisola amarela ininterruptamente desde a quarta etapa, depois de já a ter vestido após a segunda, alcançou também a "dobradinha" Giro-Tour, tornando-se no oitavo ciclista da história, e o primeiro desde o italiano Marco Pantani, em 1998, a consegui-lo.

Antes, este feito foi apenas concretizado por Fausto Coppi (1949 e 1952), Jacques Anquetil (1964), Eddy Merckx (1970, 1972 e 1974), Bernard Hinault (1982 e 1985), Stephen Roche (1987), Miguel Indurain (1992 e 1993) e Pantani.