Tribunal decreta serviços mínimos para greve na CP dias 22 e 24 de Julho

Os serviços mínimos apenas abrangem os comboios urbanos e regionais. Quem já tenha adquirido bilhete para IC e Alfa pode pedir reembolso ou troca.

Foto
A greve da CP foi anunciada no início deste mês Manuel Roberto
Ouça este artigo
00:00
02:32

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos de 20% para a greve na CP – Comboios de Portugal, convocada por vários sindicatos, entre as 00h00 e as 24h00 dos dias 22 e 24 de Julho.

De acordo com informação divulgada no site da CP, os serviços mínimos foram decretados para os comboios urbanos e regionais, não abrangendo os restantes, com a empresa a alertar os passageiros para a possibilidade de perturbações na circulação.

Segundo a mesma informação, há serviços mínimos decretados para o serviço Regional e Inter-regional (linhas do Minho, Douro, Leste, Oeste, Beira Baixa e linha do Norte – neste último caso de e para Coimbra/Entroncamento) e para os comboios urbanos (linhas da Azambuja, Coimbra e Guimarães).

A greve foi convocada pelos sindicatos ASCEF, ASSIFECO, FENTCOP, SINAFE, SINDEFER, SINFA, SINFB, SIOFA, SNAQ, SNTSF, STF e STMEFE, prevendo-se que afecta e circulação nos dias de paralisação.

No site, a CP informa que os clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, Inter-regional e Regional, podem pedir "o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.

O reembolso ou troca podem ser efectuados no site da CP ou nas bilheteiras, até 15 minutos antes da partida. Podem ainda pedir a devolução do dinheiro até 10 dias depois da greve.

A greve foi anunciada no início deste mês, numa nota da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans). Estes trabalhadores já estiveram em greve no dia 28 de Junho.

Para os sindicatos, "é inaceitável" que a administração da CP, depois de ter garantido que iria estender a todos os trabalhadores um acordo que foi celebrado com uma organização sindical, queira condicionar isso à aceitação da proposta de regulamento de carreiras.

O Governo, a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), que tinha convocado uma greve entre 27 de Junho e 14 de Julho, que foi suspensa, chegaram, recentemente, a acordo. A operadora chegou também a acordo com o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) quanto à revisão das carreiras, incluindo um aumento salarial de 1,5% e a subida do subsídio de refeição para 9,20 euros.

A Fectrans defendeu que a proposta "aumenta a polivalência de funções e não valoriza a grelha salarial", o que disse ser uma "medida estratégica" para recrutar novos trabalhadores e manter os actuais.