O jantar na casa que serve de sede simbólica da Louis Roederer, em Reims, França, ia já adiantado quando Jean-Baptiste Lécaillon anuncia com solenidade: “Chegou o senhor.” O “senhor” é fácil de identificar, o champanhe Roederer Cristal, mas o mesmo não se pode dizer do homem que o assina desde 1999. Nas fichas técnicas da empresa Jean-Baptiste Lécaillon aparece como o gestor (manager) das caves e das vinhas, mas essa forma de o descrever algures entre o adegueiro, o enólogo e o viticultor-chefe não lhe faz justiça. Tanto como um técnico que sabe de solos, da fisiologia da madeira ou da química que explica a fermentação, Jean-Baptiste é um cativante teorizador da natureza dos vinhos. Um filósofo, se considerarmos a função como a arte de entender o mundo e de o mudar a partir daí para chegar a obras-primas como o Roederer Cristal.
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