Na Roederer, o champanhe obedece às leis da relojoaria

O Cristal Rosé celebra 50 anos e é o exemplo acabado de uma casa de Champanhe onde tudo se pensa e tudo se estuda. Visita guiada à origem do prazer dos grandes vinhos.

Foto
Cristal Rosé celebra 50 anos Louis Roederer/ Enzo Orlando
Ouça este artigo
00:00
08:33

O jantar na casa que serve de sede simbólica da Louis Roederer, em Reims, França, ia já adiantado quando Jean-Baptiste Lécaillon anuncia com solenidade: “Chegou o senhor.” O “senhor” é fácil de identificar, o champanhe Roederer Cristal, mas o mesmo não se pode dizer do homem que o assina desde 1999. Nas fichas técnicas da empresa Jean-Baptiste Lécaillon aparece como o gestor (manager) das caves e das vinhas, mas essa forma de o descrever algures entre o adegueiro, o enólogo e o viticultor-chefe não lhe faz justiça. Tanto como um técnico que sabe de solos, da fisiologia da madeira ou da química que explica a fermentação, Jean-Baptiste é um cativante teorizador da natureza dos vinhos. Um filósofo, se considerarmos a função como a arte de entender o mundo e de o mudar a partir daí para chegar a obras-primas como o Roederer Cristal.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.