Houthis reivindicam ataque que fez um morto em Telavive

Explosão foi ouvida pelas 3h perto da embaixada dos Estados Unidos. O ataque foi realizado “em apoio ao povo palestiniano” e “em resposta aos massacres israelitas em Gaza”, indicou o grupo.

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Explosão aconteceu pelas 3h15, no centro de Telavive, perto da embaixada dos Estados Unidos Ricardo Moraes / REUTERS
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Edifício em Telavive que terá ficado danificado depois do ataque Ricardo Moraes / REUTERS
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Explosão fez alguns feridos, com o número divulgado pelas agências de notícias a variar entre dois e dez Ricardo Moraes / REUTERS
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Os rebeldes houthis do Iémen reivindicaram esta sexta-feira a autoria de um ataque com drone em Telavive, que matou pelo menos uma pessoa esta madrugada.

“A Força Aérea das Forças Armadas do Iémen [como os houthis se autodenominam] levou a cabo uma operação militar qualitativa, que consistiu em atacar um dos alvos importantes na região ocupada de Jaffa, chamada Telavive israelita”, afirmou o porta-voz militar dos Huthis, Yahya Sarea, em comunicado.

O veículo aéreo não tripulado utilizado "é capaz de evitar os sistemas de intercepção do inimigo e não ser detectado pelos radares", acrescentou Sarea, na mesma nota, publicada na rede social X (antigo Twitter).

"A operação atingiu com sucesso os objectivos", disse o responsável, alertando que os houthis "declaram a região ocupada de Jaffa uma área insegura e será um alvo principal dentro do alcance das armas" do grupo.

O ataque foi realizado "em apoio ao povo palestiniano" e "em resposta aos massacres israelitas em Gaza", indicou.

"Vamos concentrar-nos em alcançar a frente interna do inimigo sionista e alcançar as profundezas", sublinhou o porta-voz, declarando que o grupo tem "objectivos sensíveis militares e de segurança" em Israel, que vai continuar a "atacar em resposta aos massacres e crimes do inimigo contra os irmãos em Gaza".

Pelo menos uma pessoa, um homem de 50 anos, morreu numa explosão ouvida pelas 3h15 (1h15 em Portugal), no centro de Telavive, perto da embaixada dos Estados Unidos. A explosão deixou ainda alguns feridos, com o número divulgado pelas agências de notícias a variar entre dois e dez.

Entretanto, o presidente da câmara de Telavive anunciou que a cidade elevou o nível de alerta depois do ataque.

Os rebeldes, próximos do Irão, que controlam parte do Iémen devastado pela guerra, têm vindo a realizar ataques ao largo da costa do país desde Novembro.

Defendem que os ataques visam navios que sirvam portos israelitas em solidariedade com os palestinianos, no contexto da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza.

Os Estados Unidos, um aliado próximo de Israel, criaram em Dezembro uma força multinacional para proteger a navegação na zona estratégica e lançaram os primeiros ataques no Iémen em Janeiro, com a ajuda do Reino Unido.

A contra-ofensiva não dissuadiu os houthis, que dizem estar agora a atacar também navios norte-americanos e britânicos. Os houthis integram o chamado “eixo de resistência”, uma coligação liderada pelo Irão de que faz parte também, entre outros, o Hamas e o movimento xiita libanês Hezbollah.