Wall Street abre sessão em queda
Crowdstrike, a empresa de ciberbersegurança cuja actualização do sistema Windows terá espoletado parte dos problemas que levaram a um apagão tecnológico global por várias horas, estava a cair 14%.
A bolsa de Nova Iorque abriu nesta sexta-feira a recuar, com o índice tecnológico Nasdaq a desvalorizar 0,290% e o índice industrial Dow Jones a resvalar 0,18% face ao fecho da sessão de ontem.
Depois de um "apagão" tecnológico ter provocado a interrupção e mau funcionamento de várias actividades a nível global — "havendo no ciberespaço nacional várias organizações afectadas, segundo o Centro Nacional de Cibersegurança —, desde a aviação até ao sistema financeiro, foram as empresas directamente envolvidas as mais penalizadas no arranque da sessão em Wall Street.
As acções da empresa de cibersegurança Crowdstrike estavam a registar na pré-negociação uma queda de mais de 10%, agravando a perda para 14,4% no início da sessão, para 294,51 dólares, o valor mais baixo em dois meses, avança a Reuters. Já os títulos da Microsoft, criadora e dona do sistema Windows, começaram a negociação a perder 1,2%.
Dezenas de instituições e serviços de todo o mundo estão paralisados ou fortemente perturbados devido a uma falha informática de um sistema de cibersegurança que está a afectar a utilização do sistema operativo Windows, da Microsoft.
De acordo com fontes do sector, incluindo o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) português, a origem do apagão está numa actualização defeituosa do software Falcon da CrowdStrike, uma empresa norte-americana de cibersegurança. Numa mensagem telefónica pré-gravada na sua linha de suporte técnico, a empresa referiu que "estava ciente dos relatos de falhas no sistema operacional Windows da Microsoft relacionadas com o seu sensor Falcon".
“Não se trata de um incidente de segurança ou de um ciberataque. O problema foi identificado, isolado e foi implementada uma correcção”, disse o chefe da CrowdStrike, George Kurtz, nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.