O regresso dos Mind da Gap: “Queremos resolver alguma mágoa do fim abrupto e inexplicável”

Depois de uma década sem pisarem palcos, os Mind da Gap – Ace, Presto e Serial, dois MC e um DJ, lendas do hip-hop do Grande Porto – reúnem-se no Super Bock Super Rock este sábado.

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Os Mind da Gap em 1995, quando o hip-hop português era uma criança Mário Marques
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Em 1997, os Mind da Gap lançavam Sem Cerimónias. Sem exagero, foi um marco que trouxe ao hip-hop nacional uma nova forma de fazer e gravar rap. Não era só pela música, onde cabiam relatos da vida do Grande Porto, referências a nomes da vida nacional, como Miguel Sousa Tavares, Pinto da Costa ou até Carlos Cruz, mas também Prince ou Fellini, e samples de vozes de clássicos do rap americano (de gente como T La Rock ou Method Man) lado a lado com um excerto desacelerado de Ele e ela, de Madalena Iglésias. Era também o som em si, misturado por um engenheiro de som vindo da América, Troy Hightower, que mostrou em Portugal como equiparar o som da música portuguesa à que vinha lá de fora. Ao contrário dos técnicos portugueses, que não sabiam tratar aquela música que era nova e feita de forma diferente, Hightower sabia.

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