“Só queremos viver em paz e sossego, como antigamente”, pedem moradores da Mouraria

Sessão organizada pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior contou com testemunhos emotivos de insegurança quotidiana no coração da capital. Chefe de gabinete de Carlos Moedas marcou presença.

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Os problemas reportados na sessão de quinta-feira centram-se sobretudo na zona da Mouraria Nuno Ferreira Santos
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A ronda já vai a mais de meio quando passam o microfone a Ana Monteiro, de 68 anos. A moradora “mesmo junto ao Hospital de São José”, há cerca de 49 anos, tenta contornar o nervosismo evidenciado pela tibieza do seu fio de voz. “Isto está de tal modo que, há cerca de cinco semanas, sofri uma tentativa de assalto, às cinco da tarde, em plena Praça da Figueira”, conta, contendo a emoção. “Nunca vi a cidade assim. É insuportável, não há segurança, seja de manhã ou seja à tarde. Temos que acabar com isto”, disse, seguida de uma enorme salva de palmas, numa sala repleta do Hotel Mundial, na Praça do Martim Moniz, em Lisboa. Antes e depois de Ana, com mais ou menos capacidade de comunicação, os registos equiparavam-se na sua carga simbólica.

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