O feitiço contra o feiticeiro, ou talvez não

Trump cultivou o tribalismo e a polarização, usou o discurso do ódio e legitimou a violência. Foi, agora, vítima de tudo isso. Ou talvez beneficiário.

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Pode ter sido um choque, mas não foi, certamente, uma surpresa. O atentado contra Donald Trump não é nada de novo na história política americana. Pelo contrário, insere-se numa longa tradição de violência política que caracteriza a história dos Estados Unidos da América. Desde o assassínio de Lincoln, em 1865, ao de Kennedy, em 1968, quatro presidentes foram mortos (Lincoln; Garfield; McKinley; e Kennedy), três foram feridos (Ted Roosevelt, Reagan e Trump) e 16 foram vítimas de tentativas falhadas de assassínio. Feitas bem as contas, dos seus 46 presidentes, 9% foram assassinados e 35% foram vítimas de, pelo menos, uma tentativa de assassínio. Isto é, a história política e eleitoral norte-americana está entre as mais violentas do mundo.

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