Revelem-se os Rain, elo perdido entre a Swinging London e a Califórnia psicadélica
Na história dos Rain cabem os Beatles e Brian Epstein e imagina-se uma ponte entre Londres e Los Angeles. Entre 1967 e 68, os Rain gravam um disco magnífico que ninguém ouviu. Descobrimo-lo agora.
O passado não é despojos e relíquias a observarem-nos com olhos desmaiados, é uma entidade viva, presença real onde coexistem figuras de peso tão imenso que os vemos para onde quer que olhemos e viajantes que atravessam os tempos de forma anónima até que, misteriosamente, ressurgem à superfície, por fim visíveis a todos. Na música, não parámos nas últimas décadas de acrescentar protagonistas à história. Esta é, afinal, a era da retromania, como diagnosticado por Simon Reynolds. Melhor dizendo, é uma era mais retromaníaca que o habitual e venha então daí Rodriguez, famoso e ouvido hoje como nunca antes, dance-se a Atomic bomb de William Onyeabor como hit maior do século XXI, dêmos nova carreira a um mestre etíope como Hailu Mergia, evidencie-se como os Rema-Rema são elo (já não) perdido do pós-punk.
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