Universidade de Évora: lançado Observatório do Restauro da Natureza

Observatório quer “contribuir para o desenvolvimento de estratégias de conservação de biodiversidade” e é uma parceria conjunta de duas unidades de investigação sediadas na Universidade de Évora.

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Observatório pode apoiar estratégias de conservação de sistemas agro-florestais, áreas naturais e ecossistemas aquáticos Nuno Ferreira Santos
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Dois centros de investigação sediados na Universidade de Évora (UÉ) lançaram o Observatório do Restauro da Natureza com o objectivo de ajudar no “desenvolvimento de estratégias para a conservação da biodiversidade e a promoção de sustentabilidade ambiental” através, principalmente, de “acções de restauro ecológico que incorporem soluções baseadas na natureza”, de acordo com um comunicado divulgado esta semana.

A parceria do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (Mare), nomeadamente da unidade regional da UÉ, e do Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (Med), também sediado na UÉ, vai proporcionar conhecimento técnico e científico nas áreas da biologia, da ecologia, das ciências ambientais, da agronomia e da engenharia para a “orientação de políticas públicas de conservação e de restauro ambiental” que tenham em conta a sustentabilidade social e económica, adianta o comunicado.

Este apoio poderá ser dado em diferentes contextos como os sistemas agro-florestais, as áreas naturais e, em especial, os ecossistemas aquáticos, como os rios, os estuários e as zonas costeiras. “Os dois centros reforçam através desta parceria a capacidade de colaborar com instituições, empresas e outros actores-chave na abordagem aos desafios ambientais complexos e prementes, como a perda de biodiversidade, a degradação dos ecossistemas aquáticos, as alterações climáticas e a escassez hídrica”, refere Pedro Raposo de Almeida, director do Mare, citado no comunicado.

Já Fátima Baptista, directora do Med, avisa que as décadas que estão pela frente vão exigir que os sistemas produtivos “sejam mais resilientes e adaptados às alterações globais, sendo essencial desenvolver, divulgar e adoptar estratégias de produção e de conservação, de forma a encontrar um equilíbrio entre a produtividade agrícola, a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento económico a longo prazo”. A criação do observatório coincide com a aprovação em Junho último da Lei do Restauro da Natureza pelos ministros do Ambiente dos 27 países da União Europeia.