Preços da habitação aceleram em 14 dos 24 municípios mais populosos

Preço mediano de habitação atingiu 1644 euros por metro quadrado no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 5% face ao período homólogo de 2023.

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Houve menos municípios com desaceleração das subidas dos preços da habitação no primeiro trimestre deste ano Manuel Roberto
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Entre Janeiro e Março deste ano, o valor do preço mediano dos alojamentos familiares foi de 1644 euros por metro quadrado, um aumento de 5% face ao primeiro trimestre do ano passado, segundo os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No período em análise, segundo o INE, “ocorreu uma desaceleração dos preços da habitação em dez dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes”, uma diminuição face aos 18 municípios que tinham verificado descidas no quarto trimestre de 2023.

Contudo, evidenciam os dados agora divulgados, “em sentido oposto, houve um aumento da taxa de variação homóloga em 14 municípios, evidenciando-se o Funchal com mais 17,6 pontos percentuais (p.p.)”, face ao período homólogo de 2023.

Segundo o INE, o município do Porto registou um acréscimo de 3,6 pontos percentuais e o de Lisboa de 0,5 pontos percentuais face ao primeiro trimestre do ano passado. Ainda assim, mantiveram-se na Grande Lisboa os preços mais altos da amostra: os municípios de Lisboa (4190 euros por metro quadrado), Cascais (3881€/m2) e Oeiras (3281€/m2) “apresentaram os preços da habitação mais elevados”.

Estrangeiros pagam mais 80% na Grande Lisboa

“As cinco sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador (território nacional e estrangeiro)”, destaca ainda o INE.

Nas sub-regiões Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto, o preço mediano (€/m2) das transacções efectuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou, respectivamente, em 82,3% e 47,5% o preço das transacções por compradores com domicílio fiscal em território nacional.

Globalmente, para todo o território nacional e ainda relativo ao primeiro trimestre deste ano, a diferença esbate-se para uma diferença de 39%. Assim, o valor mediano de alojamentos familiares transaccionados em Portugal envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro foi 2248 euros por metro quadrado (menos 6,8% relativamente ao trimestre homólogo), e o das transacções envolvendo compradores com domicílio fiscal em território nacional foi 1616 euros por metro quadrado (mais 6% do que no trimestre homólogo).

O INE salienta que foram as sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados que apresentaram também os valores mais elevados envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro e em território nacional: Grande Lisboa (4985 euros por metro quadrado pagos por não residentes e 2734 euros por metro quadrado por residentes, respectivamente), Algarve (3155 euros por metro quadrado e 2539 euros por metro quadrado), Região Autónoma da Madeira (2443 euros por metro quadrado e 2006 euros por metro quadrado), península de Setúbal (2263 euros por metro quadrado e 1976 euros por metro quadrado) e Área Metropolitana do Porto (2695 euros por metro quadrado e 1827 euros por metro quadrado).

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