A Grécia ordenou para que alguns negócios não deixem os seus empregados realizar tarefas pesadas ao ar livre durante as horas da tarde, esta semana, numa altura em que o país está a sofrer uma nova vaga de calor. Os construtores, as pessoas que entregam comida, os estafetas e os construtores navais estão entre os trabalhadores que terão de interromper o trabalho entre o meio-dia e as 17 horas, de terça a sexta-feira, uma vez que se prevê que as temperaturas atinjam os 42 a 43 graus Celsius em algumas regiões da Grécia, informou o Ministério do Trabalho.
Várias regiões do mundo, dos Estados Unidos à Índia, têm sofrido com o calor extremo ao longo deste Verão que provocou cortes de electricidade e incêndios florestais.
Desde Junho, a Grécia tem sofrido repetidamente com temperaturas elevadas que perturbam as actividades quotidianas e centenas de incêndios florestais, alimentados por ventos fortes, na sequência do Inverno mais quente de que há registo, e que os cientistas associam às alterações climáticas. Os meteorologistas dizem que as temperaturas não vão descer muito antes do fim do mês. Com a maior parte da Grécia a ver pouca ou nenhuma chuva nos últimos meses, muitas das suas ilhas, que atraem milhões de turistas durante o Verão, também se debatem com falta de água.
“Por vezes, tenho dores de cabeça, tonturas e visão turva”, disse Adamantia Krassa, de 44 anos, empregada municipal de limpeza urbana. “Com temperaturas tão elevadas, penso que devemos parar de trabalhar a partir de uma determinada hora, fazer uma pausa e depois retomar.”
Uma unidade móvel da Cruz Vermelha esteve estacionada na Praça Syntagma, no centro de Atenas, para prestar assistência aos transeuntes. “Estamos a atravessar um período prolongado de temperaturas elevadas. Todo este esforço físico tem efeitos negativos no corpo humano”, afirmou a coordenadora da unidade, Dimitra Tsekoura. Pelo menos seis turistas morreram no mês passado devido ao calor intenso.