Djokovic e Alcaraz repetem final em Wimbledon

A maior experiência do sérvio pode não ser suficiente perante o jovem espanhol.

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Novak Djokovic Hannah McKay / REUTERS
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No dia 5 de Junho, Novak Djokovic foi operado ao joelho direito. Quatro dias depois, Carlos Alcaraz conquistou o título em Roland-Garros. No domingo, ambos vão disputar a final de Wimbledon, repetindo o que se passou em 2023, com Alcaraz a surpreender o experiente adversário. Tendo em conta o passado recente de ambos, quem será o favorito no derradeiro encontro da edição 2024?

Djokovic (2.º no ranking) vai disputar pela 10.ª vez a final em Wimbledon e procurar o oitavo título na prova e 25.º do Grand Slam. O sérvio de 37 anos ainda não venceu qualquer torneio esta época e confessou que, uma semana antes do início do torneio ainda tinha dúvidas sobre se ia participar.

“Disputei alguns sets em treino e uns encontros de exibição que me provaram que estava suficientemente apto para ir longe na prova. Caso contrário, não teria jogado”, afirmou o primeiro tenista a atingir a final de Wimbledon em três ocasiões após completar 35 anos.

Na meia-final, frente a Lorenzo Musetti (25.º), Djokovic voltou a ser cirúrgico nos momentos finais de cada set para fazer a diferença e construir a vitória pelos parciais de 6-4, 7-6 (7/2) e 6-4.

Carlos Alcaraz (3.º) não começou tão bem, mas acabou por encontrar forma de ultrapassar Daniil Medvedev (5.º), que antes apelidara de “parede”, por devolver tudo.

“Tentei fazer coisas diferentes, não disputar pontos longos, bater ‘slices’, ‘amorties’ e ir para a rede sempre que podia. Foi difícil partir a ‘parede’”, reconheceu o espanhol, após vencer, por 6-7 (1/7), 6-3, 6-4 e 6-4.

Aos 21 anos, Alcaraz somou a 30.ª vitória sobre um adversário do top 10 e qualificou-se pela quarta vez para uma final de um Grand Slam e segunda em Wimbledon. E é o quinto homem a disputar as finais de Roland-Garros e Wimbledon no mesmo ano, imitando Rafael Nadal (por cinco vezes), Novak Djokovic, Roger Federer (ambos por quatro vezes) e Andy Murray (em 2016).

Alcaraz espera ganhar no domingo e terminar o dia a celebrar a conquista do Campeonato Europeu de futebol pela Espanha.

“Já não sou novo nisto. Sei como me vou sentir antes da final, porque já estive nesta situação. Vou tentar fazer as coisas que fiz bem no ano passado, tentar ser melhor. Vai ser um bom dia para Espanha”, antes de acrescentar diplomaticamente: “Não disse que ia ganhar, apenas que ia ser um dia divertido.”

Este sábado (14 horas), realiza-se a final feminina, entre a italiana Jasmine Paolini (7.ª) e a checa Barbora Krejcikova (32.ª).

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