Uma “comissão artística interna” para o Teatro Nacional São Carlos
Maestros João Paulo Santos, António Pirolli e Giampaolo Vessella vão assegurar direcção artística do São Carlos após saída de Ivan van Kalmthout. Novo concurso público esperado para Outubro.
Ivan van Kalmthout, primeiro director artístico do Teatro Nacional São Carlos [TNSC] escolhido por concurso internacional, cessou funções “por acordo” um ano depois de tomar posse, como noticiou o PÚBLICO na semana passada após comunicado do conselho de administração do OPART - Organismo de Produção Artística, E. P. E.
Na manhã desta quinta-feira, Conceição Amaral, presidente do Conselho de Administração da OPART que além do TNSC, é responsável pela gestão da Companhia Nacional de Bailado (CNB) e pelos Estúdios Victor Córdon, avançou em primeira mão, ao PÚBLICO, que estava encontrada a solução até abertura de novo concurso internacional, que começará a ser preparado em Outubro deste ano.
Até lá, no lugar de nomear um novo director artístico interino, o conselho de administração decidiu constituir uma “comissão artística interna” formada pelos maestros da casa: António Pirolli (maestro titular da Orquestra Sinfónica), Giampaolo Vessella (maestro titular do Coro do Teatro Nacional de São Carlos) e o pianista e maestro João Paulo Santos (director dos estudos musicais do Teatro Nacional São Carlos)”, que assumirá a coordenação da comissão artística. Juntos têm trabalhado para completar algumas “lacunas programáticas” e “ajustes orçamentais” na programação 2024/2025 — aquela que seria a primeira da autoria de Ivan van Kalmthout. A solução agora encontrada foi já aceite pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, como faz saber o comunicado enviado esta quinta-feira pelo TNSC às redacções.
Conceição Amaral adiantou ainda que a programação do TNSC de Setembro a Dezembro será conhecida ainda este mês de Julho e que o restante programa de Janeiro a Junho de 2025 será anunciado até ao final de Setembro. Esta é uma temporada itinerante, que procurará percorrer todo o país e que se augura particularmente exigente, com os grupos artísticos e respectivas equipas técnicas e administrativas fora do TNSC, que entrará no final do ano em obras de reestruturação profundas ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).