Rastreios do cancro do colo do útero vão incluir pessoas trans

Ministério da Saúde vai incluir “no sistema de rastreio de base populacional do cancro do colo do útero as pessoas registadas com nome masculino, mas com útero”.

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Marcha do Orgulho LGBT+ Teresa Miranda
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As pessoas transgénero com nome masculino, mas com útero, vão ser incluídas nos rastreios do cancro do colo do útero, anunciou esta quarta-feira a ministra da Juventude e Modernização, no decorrer de uma audição no Parlamento.

A ser ouvida na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Margarida Balseiro Lopes disse que está a trabalhar com o Ministério da Saúde para incluir "no sistema de rastreio de base populacional do cancro do colo do útero as pessoas registadas com nome masculino, mas com útero".

"Prevê-se que esta alteração possa ser feita ainda neste ano, estando disponível no próximo ciclo de rastreios", adiantou, na sua intervenção inicial.

A ministra referiu, tendo por base dados de um estudo recente da Agências para os Direitos Fundamentais (FRA), da União Europeia, que a as pessoas LGBTI (Lésbicas, Gay, Bissexuais, Trans e Intersexo) continuam a ser alvo de discriminação, tanto no acesso ao mercado de trabalho, como na educação e no acesso a serviços de saúde, por causa da sua orientação sexual ou identidade de género.