Guiné-Bissau e China elevam as relações para uma parceria estratégica

Pequim vai construir um grande centro de conferências e reabilitar 300 km de estradas na Guiné-Bissau, disse o Presidente guineense que chegou esta quarta à China para uma visita de três dias.

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Umaro Sissoco Embaló com Xi Jinping à chegada da sua visita de três dias à China Vincent Thian / VIA REUTERS
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A China está preparada para apoiar a Guiné-Bissau na defesa da sua soberania, segurança e interesses em matéria de desenvolvimento. A mensagem foi transmitida pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, no encontro com o Presidente guineense em Pequim. Umaro Sissoco Embaló, que chegou esta quarta-feira à China para uma visita oficial de três dias, disse aos jornalistas à partida de Bissau que a China vai construir um “grande centro de conferências”, a pensar na presidência guineense da CPLP, e reabilitar 300 quilómetros de estradas no país.

No encontro com o seu homólogo, o chefe de Estado chinês, Xi Jinping, afirmou, segundo a agência Xinhua, que a China está disponível para consolidar a confiança política, estender a cooperação pragmática e reforçar a parceria estratégica entre os dois países. Tendo Embaló agradecido o apoio valioso chinês ao desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau, dizendo que o seu país está disponível para reforçar a cooperação prática com a China em domínios como a economia, o comércio e a construção de infra-estruturas.

Ao abrigo da cooperação chinesa foi construído o palácio governamental, o edifício da Assembleia Nacional guineense, o estádio nacional e está actualmente a ser feita a única auto-estrada do país, que liga o Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira a Safim, na área metropolitana de Bissau, numa extensão de 8,2 quilómetros.

Agora, os chineses vão reabilitar 300 km de estradas em todo o país e construir um centro de conferências a grande velocidade, a tempo da XV Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, em 2025, ano em que a Guiné-Bissau assume a presidência rotativa da organização.

Os chineses, que já têm mais de 70 barcos de pesca a operar em águas guineenses (e por isso construíram o novo porto de pesca do Alto Bandim), também estão interessados na castanha de caju, a maior exportação do país, bem como na bauxite e em outras matérias-primas, como afirmou à DW o analista Diamantino Domingos Lopes.

As águas da Guiné-Bissau são das mais ricas no Oceano Atlântico, com uma captura anual de entre 300 mil a 350 mil toneladas, sobretudo de camarão, lagosta e caranguejo.

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