Atrás da primeira linha de pneus em chamas
O plano da Câmara Municipal do Porto (CMP) para a criação de “Quarteirões Turísticos” é real, está em execução e ameaça dar cabo da cabeça de todas as pessoas que vivem no Porto.
Nem um ano depois de um artigo publicado aqui, sou forçado a regressar para repetir a defesa de uma ideia de cidade oposta à do executivo que, há 11 anos, dirige os destinos do Porto. Desta vez, não vos falo de estátuas e tiranos, mas de quarteirões e marketeers; mas volto a falar-vos da vertigem distópica em que a cidade mergulha de cabeça, desafiando os limites da ficção que eu próprio imaginei. Desculpem este Síndrome Matrix de que padeço — desde que em 2021 imaginei uma cidade distópica — e me assalta quando vejo o impensável acontecer, como se fosse o padrão mais lógico do mundo.
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