Hyundai Santa Fe abraça características premium, apresentando-se como SUV familiar
Pragmatismo em embrulho elegante. O Santa Fe, que está no topo da gama da Hyundai, senta sete pessoas e, à quinta geração, adopta sistemas electrificados. Modelo chega ao mercado nacional em Agosto.
Se, ao olhar para o novo Santa Fe, vir ali qualquer coisa de Kia EV9, não será de estranhar — afinal, Hyundai e Kia são duas marcas irmãs, que, embora não se tentem copiar nem atropelar, acabam por partilhar entre elas muitas coisas.
Com 4,83 metros de comprimento e distância entre eixos de 2,81m, o Santa Fe é, acima de tudo, um SUV familiar, capaz de sentar sete pessoas, não apenas em teoria, mas em condições reais, que se propõe a ser também um companheiro se se quiser aproveitar o ar livre, oferecendo uma diferenciada abertura de bagageira, que, com as duas filas traseiras de bancos reclinadas, pode até transformar-se num abrigo. Isto porque foi o pragmatismo que parece mais ter dado cartas na altura de definir o automóvel, que se apresenta com uma funcionalidade muito bem trabalhada, capaz de servir distintas missões (a marca sul-coreana diz que obedece ao conceito de “Open for More”).
Em termos de design, as características que mais se destacam são os faróis e as luzes, que têm a forma de um "H", ou as angulares cavas das rodas, que emolduram jantes que podem ir até às 21 polegadas.
Além disso, garante o emblema, depois de já se ter afirmado como uma opção de requinte, o automóvel chega recheado de características de conforto e conveniência, que o colocam a rivalizar com modelos de marcas premium, como é o caso dos bancos de relaxamento com apoio para as pernas da primeira fila, que dispõe de ventilação e aquecimento e que permitem que os ocupantes tenham momento de repouso, uma consola com abertura bilateral, capaz de servir tanto os passageiros da frente como os traseiros. Depois, nas tecnologias chama-se a atenção para o ecrã de controlo da climatização de 6,6 polegadas, para o sistema de carregamento sem fios duplo de alta velocidade para smartphones, e, exclusivo da versão de equipamento mais completa, a Calligraphy, um inédito tabuleiro de esterilização UV-C na parte superior do porta-luvas.
O Santa Fe é disponibilizado apenas com tracção integral, mas isso não significa que seja talhado para a dureza do todo-o-terreno, ainda que se preste facilmente a passeios fora do asfalto. Já nos grupos motopropulsores propostos há duas variantes, ambas electrificadas: um 1.6 TGDi (híbrido com turbocompressor), com potência máxima de 215cv (158 kW) e binário máximo de 367 Nm, e um Híbrido Plug-in (PHEV) de 1,6 litros, turbo, que, com exactamente o mesmo binário, desenvolve 253cv (186 kW). Ambas as mecânicas são servidas por uma caixa automática de seis velocidades, sendo que o PHEV alimenta o motor eléctrico com uma bateria 13,8 kWh, capaz de garantir uma autonomia em modo 100% eléctrico por até 65 quilómetros. A bateria admite carregamentos a 3,6 kW, repondo a totalidade da energia em menos de quatro horas.
Em termos de prestações, é contido, sem que seja propriamente lento, sobretudo se se tiver em conta as suas mais de duas toneladas: o híbrido cumpre a aceleração de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos; o plug-in, com cerca de mais 150 quilos, em 9,3 segundos. Os dois apresentam uma velocidade máxima de 180 km/h.
Regulamentos assim o exigem, o Santa Fe chega equipado com uma panóplia de assistentes: desde o aborrecido assistente de acompanhamento da faixa de rodagem, que utiliza uma câmara montada no pára-brisas para ajudar a reconhecer a deriva fazer com que o veículo regresse ao centro da sua faixa, ao útil cruise control inteligente baseado na navegação, que ajuda a manter uma velocidade segura ao fazer curvas na secção principal de uma auto-estrada.
O Hyundai Santa Fe começará a chegar em Agosto, altura em que serão comunicados os preços. No entanto, a marca adianta que a política mantém-se em aplicar um valor competitivo. Para referência, o modelo em catálogo comercializa-se desde 61.240€ (HEV).