Há um outro italiano a brilhar em Wimbledon: Lorenzo Musetti

Elena Rybakina regressa às meias-finais sem dificuldades.

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Lorenzo Musetti Hannah McKay / REUTERS
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Pela primeira vez, a Itália vai ter dois semifinalistas simultaneamente nos quadros de singulares masculinos e femininos de Wimbledon. A juntar-se a Jasmine Paolini, apurada na véspera, vai estar Lorenzo Musetti, o talentoso compatriota de Jannik Sinner que irá compensar o desgosto de muitos compatriotas pela eliminação do número um mundial nos quartos-de-final. Musetti derrotou Taylor Fritz em cinco sets e vai estrear-se numa meia-final de um torneio do Grand Slam.

“Eu e a minha equipa brincámos porque nunca tinha jogado num grande estádio em Wimbledon; foi uma honra. Acho que fiz um encontro fantástico, o Taylor está em grande forma”, afirmou o italiano de 22 anos, depois de vencer Fritz (12.º no ranking mundial), por 3-6, 7-6 (7/5), 6-2, 3-6 e 6-1.

Musetti mostrou que vale mais do que o 25.º lugar que ocupa na hierarquia mundial, ao realizar uma exibição em crescendo e guardar o melhor ténis para quinto e decisivo set: grande eficácia no serviço, primeiro (77% de pontos ganhos) e segundo (86%), total aproveitamento dos sete pontos decididos na rede e dos dois break-points de que dispôs, terminando o set com 11 winners e somente três erros não forçados.

“No início, Taylor estava em controlo, especialmente, quando servi e eu não conseguia responder bem. No segundo set, tive uma grande reacção ao fazer o break e isso mudou a minha mentalidade, a minha atitude. Foi isso que, provavelmente, fez a diferença”, explicou Musetti, que irá defrontar, na sexta-feira, Novak Djokovic (2.º), que irá igualar o recorde de Roger Federer com 13 presenças nas meias-finais de Wimbledon.

O sérvio nem entrou em campo, devido à desistência do australiano Alex de Minaur (9.º) obrigado a retirar-se devido a uma lesão na anca, contraída no final do encontro anterior.

No torneio feminino, Elena Rybakina (4.ª) é a única das quatro semifinalistas que sabe o que é estar nesta fase tão adiantada do torneio britânico. A campeã de 2022 não tem tido uma época fácil – teve de desistir de quatro torneios (Dubai, Indian Wells, Roma e Berlim) por doença, sendo que dois eram da categoria Masters 1000 onde defendia o título – mas voltou a encontrar as melhores sensações na relva londrina e somou a 19.ª vitória em 21 encontros realizados no All England Club, frente a Elina Svitolina (21.ª), por 6-3, 6-2, culminando a vitória com o sétimo ás de um total de 28 winners, contra somente oito da ucraniana.

Esta quinta-feira, Rybakina discute um lugar na final com a checa Barbora Krejcikova (32.ª), que está pela segunda vez numa meia-final de singulares do Grand Slam e primeira desde o triunfo em Roland-Garros em 2021.

No quarto-de-final que opôs duas campeãs de Roland-Garros, Krejcikova superou Jelena Ostapenko (vencedora em 2017), por 6-4, 7-6 (7/4), graças a boa percentagem de pontos ganhos com o primeiro serviço (73%) e cinco ases. Em contraste, Ostapenko (14.ª) acumulou cinco duplas-faltas e 35 erros não forçados.

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