Grupo de trabalho vai identificar novo financiamento para infra-estruturas de água

Ministra argumenta que o país precisa de novos investimentos, tendo em conta o financiamento disponível, incluindo o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que “tem muito pouco para a água”.

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Governo criou este grupo de trabalho para delinear a estratégia do país para a gestão, armazenamento e distribuição eficiente da água José Sérgio
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O grupo de trabalho que vai definir a estratégia nacional para a água tem a missão de identificar novos financiamentos que permitam investir na modernização e criação de novas infra-estruturas, anunciou esta quarta-feira a ministra do Ambiente e Energia. "Esta estratégia tem como um dos principais resultados -- e foi isso que foi pedido no despacho dos dois ministros -- a identificação de novos financiamentos para as infra-estruturas da água", afirmou Maria da Graça Carvalho, que está a ser ouvida na comissão parlamentar de Ambiente e Energia.

Em Junho, o Governo criou este grupo de trabalho para delinear a estratégia do país para a gestão, armazenamento e distribuição eficiente da água. Perante os deputados, a ministra alertou que o país precisa de novos investimentos nessa área, tendo em conta o financiamento que tem disponível, incluindo o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que "tem muito pouco para a água".

Segundo Maria da Graça Carvalho, o grupo de trabalho, liderado pelo presidente do Grupo Águas de Portugal, António Carmona Rodrigues, vai identificar novas fontes de financiamento, que podem passar pelo recurso ao Banco Europeu do Investimento (BEI).

Trabalhar com Espanha

Nesta audição regimental, no que dia em que passam 100 dias da governação, a ministra do Ambiente salientou também que está a trabalhar de forma intensa nas relações com Espanha no domínio da água, tendo-se já reunido três vezes com a sua homóloga espanhola sobre essa matéria.

Destas reuniões, articuladas com o trabalho conjunto que tem vindo a ser desenvolvido pelas autoridades com competências dos dois países, resultou um princípio de entendimento, que o Governo espera agora formalizar na Cimeira Luso-Espanhola do próximo outono, adiantou Maria da Graça Carvalho.

Este entendimento contempla a gestão e exploração do regime de caudais no Baixo Guadiana e no Tejo e traduz-se também, no caso do Pomarão, no princípio da equidade em termos dos volumes de água captados, em ambos os lados da fronteira.

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