Dalai Lama reage a preocupações com o seu estado de saúde
No dia em que comemora o 89.º aniversário, o líder espiritual dos budistas tibetanos esclareceu que foi submetido a uma cirurgia nos joelhos, mas sem gravidade.
O Dalai Lama dirigiu-se neste sábado aos tibetanos a partir dos Estados Unidos, onde se encontra a recuperar de uma intervenção cirúrgica, para desmentir informações que lhe atribuíam um problema de saúde grave, no dia em que comemora o seu 89.º aniversário.
Segundo o líder espiritual dos budistas tibetanos, a intervenção cirúrgica a que foi submetido destinou-se a tratar um problema nos joelhos, que atribui à idade avançada.
"Há pessoas interessadas em lançar a confusão sobre a minha saúde e a dizer que o Dalai Lama foi hospitalizado e está a receber tratamento, o que soa como se o meu estado fosse grave", disse o responsável, citado pelo jornal tailandês Bangkok Post.
"Não têm de acreditar nessa desinformação", afirmou o Dalai Lama na mesma comunicação.
Os rumores sobre o estado de saúde do Dalai Lama, no dia em que comemora o 89.º aniversário, agravaram os receios sobre a sua eventual sucessão.
Em Fevereiro, o Dalai Lama — Tenzin Gyatso — assinalou 84 anos como líder espiritual do Tibete, cargo que desempenhou quase sempre no exílio e sob vigilância da China. A centenas de quilómetros do imenso palácio Potala de Lassa, o líder budista lidera os tibetanos no exílio desde 1959, a partir de Dharamsala, nos Himalaias indianos.
Aos 89 anos, continua a ser universalmente reconhecido como o rosto da independência do Tibete, província chinesa desde 1951. Prémio Nobel da Paz em 1989, mas é cada vez menos visto em público.
O Dalai Lama tem dito que dará pormenores sobre a sucessão quando se aproximar a data do seu 90.º aniversário. Por agora, diz que não se sente doente, "à excepção de um pequeno desconforto nas pernas".
"Gostaria de agradecer a todos os meus compatriotas tibetanos, dentro e fora do Tibete, pelas vossas preces no dia do meu aniversário", disse ainda o Dalai Lama na comunicação citada pelo Bangkok Post.