Chegou a hora de “Big Ben” imitar o pai em Wimbledon

Iga Swiatek e Ons Jabeur deixam Elena Rybakina a depender de si própria.

Foto
Ben Shelton Isabel Infantes / REUTERS
Ouça este artigo
00:00
03:20

"We're back, big dog”, exclamou Ben Shelton na direcção do pai (e treinador) presente na bancada, onde testemunhou a terceira vitória do fillho nesta edição de Wimbledon. 30 anos depois, “Big Ben” sucede a Brian Shelton e chega aos oitavos-de-final do torneio britânico. E marcou encontro com o líder do ranking, Jannik Sinner, agendado para este domingo.

“O pináculo do ténis é defrontar o número um mundial em Wimbledon, preferencialmente, no court central”, reconheceu Shelton, o primeiro esquerdino dos EUA a chegar tão longe na prova desde John McEnroe, em 1992. Também presente nas bancadas do All England Club, Roger Federer viu Shelton (14.º ATP) derrotar Denis Shapovalov (121.ª), por 6-7 (4/7), 6-2, 6-4, 4-6 e 6-2 e tornar-se no primeiro homem a chegar aos “oitavos” após ganhar três encontros consecutivos em cinco sets e depois de ceder a partida inicial.

Novak Djokovic cedeu o set inicial a Alexay Popyrin (47.º), mas venceu, por 4-6, 6-3, 6-3 e 7-6 (7/3) e marcar ligar nos “oitavos" com Holger Rune (15.º). Outros duelos interessantes irão opor Daniil Medvedev (5.ª) – que eliminou Jan-Lennard Struff (41.º) em quatro sets – a Grigor Dimitrov (10.º) e Alexander Zverev (4.º) a Taylor Fritz (12.º).

Destaque para Giovanni Mpetshi Perricard (58.º), que venceu Emil Ruusuvuori (87.º), por 4-6, 6-2, 7-6 (7/5) e 6-4. O francês de 20 anos, que estava fora do top 100 aquando do fecho das inscrições, é o quinto tenista a ser repescado do qualifying (lucky loser) a chegar à quarta ronda em Wimbledon e o quarto na Era Open a ir tão longe na sua primeira participação.

A grande surpresa do dia foi protagonizada por Yulia Putintseva (35.ª), que eliminou Iga Swiatek, 3-6, 6-1 e 6-2. A número um mundial é a incontestável líder do ranking, mas nos últimos torneios do Grand Slam só tem conseguido ultrapassar os quartos-de-final (e até conquistar o título) em Roland-Garros, em 2023 e 2024.

Também do Cazaquistão e igualmente impressionante foi a exibição de Elena Rybakina diante da veterana Caroline Wozniacki: 36 winners, dos quais nove ases, e nenhum break cedido para vencer, em 59 minutos, por 6-0, 6-1.

O favoritismo de Rybakina no torneio saiu reforçado com a eliminação de Swiatek e também de Ons Jabeur, finalista nas duas últimas edições, derrotada, por 6-1, 7-6 (7/4), pela ucraniana Elina Svitolina (21.ª).

Entretanto, o torneio ficou sem representantes portugueses. Francisco Cabral e o colombiano Nicolas Barrientos perderam na segunda ronda, com os brasileiros Rafael Matos e Marcelo Melo, num encontro equilibradíssimo, traduzido nos parciais de 6-7 (1/7), 7-6 (7/5) e 7-6 (7/3). Nuno Borges actuou ao lado do francês Arthur Rinderknech e foram eliminados na estreia, pelos britânicos Arthur Fery e Charles Broom, com um duplo 6-4.

Sugerir correcção
Comentar