Irão: votar num mal menor ou apostar na queda do regime é o dilema da maioria
A eleição, que decorre esta sexta-feira, decide-se entre um moderado e um fanático e nem o iraniano mais desiludido dirá que tanto faz quem for eleito. Mas a abstenção deverá voltar a vencer.
O Irão mudou muito desde que Ebrahim Raisi foi eleito Presidente, em 2021. Não mudou por causa de Raisi – nem do Líder Supremo, Ali Khamenei –, mas apesar dele e dos ayatollahs, habituados a controlar o presente e o futuro. Há uma semana, nas presidenciais antecipadas pela morte de Raisi, a esmagadora maioria decidiu não votar e deixar clara a sua oposição ao regime. São esses que agora têm a escolha mais difícil: tentar evitar a eleição de um ultrafundamentalista ou voltar a ficar em casa, acreditando que esse é o caminho para acelerar o fim da República Islâmica.
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