A consciência francesa

Qualquer que seja o resultado das eleições, já não há nada a salvar, e é tudo uma tragédia: francesa, em primeiro lugar, e depois europeia.

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Noces funebres, casamentos fúnebres: cartazes dos partidos de Macron e Le Pen, ao lado de um da Nova Frente Popular MOHAMMED BADRA/EPA
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Por estes dias, em França, perante a perspectiva de o país vir a ser governado pela extrema-direita, multiplicaram-se os abaixo-assinados a mobilizar os vários sectores do mundo cultural: editores, escritores, filósofos e gente das letras e das artes em geral. Quem assim toma uma posição pública de resistência não é movido certamente pela ilusão de que com a sua autoproclamada autoridade crítica conseguirá inflectir, ligeiramente que seja, uma tendência já dada como irreversível, alimentada por quem ignora ou até desdenha de tais autoridades. Estas tomadas de posição servem apenas para dizer: “A nossa ideia da França, conforme às vastas aspirações universalistas baseadas numa visão da História (com H maiúsculo) que a França, no passado, assumiu como missão, vai chegar ao seu fim e nós morremos”.

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