Uma pessoa morreu e três ficaram feridas ao início da tarde desta quinta-feira, 4 de Julho, na sequência de uma explosão no campus do Monte da Caparica da Universidade Nova de Lisboa. O incidente ocorreu numa empresa localizada na Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), mas independente da mesma. A vítima mortal é um homem de 25 anos, funcionário da empresa.

As circunstâncias da explosão ainda estão por apurar, mas a origem terá sido um "contentor de testes de pressão"​. Apesar de, inicialmente, fonte da faculdade ter avançado que a empresa afectada era a YDreams, esta terá deixado de funcionar no campus há vários anos. Actualmente, é a Omnidea, uma empresa de tecnologia aeroespacial portuguesa, a operar no antigo edifício da YDreams.

"Fomos informados de que quatro funcionários [da Omnidea] estiveram envolvidos neste incidente. Lamentavelmente, um deles faleceu", afirmou José Paulo Santos, director do conselho científico da FCT, em declarações aos jornalistas, pelas 16h30.

"Tanto quanto sabemos, não houve nenhum estudante envolvido neste acidente", disse, acrescentando que dois dos funcionários da empresa são feridos ligeiros e outro, um homem de 51 anos, teve de receber assistência hospitalar.

O alerta foi dado às autoridades pelas 12h45 e foram destacados para o local 20 operacionais apoiados por oito veículos para combater o fogo que eclodiu durante a explosão.

Em comunicado, a universidade já garantiu que a segurança dos estudantes e trabalhadores do campus não está em causa: "A área afectada é periférica e afastada da zona utilizada pelos estudantes, docentes, investigadores ou funcionários, sendo explorada por várias empresas privadas e com funcionamento independente da NOVA FCT."

A Omnidea foi fundada em 2003 e tem a sua sede no Madan Parque, o parque tecnológico localizado junto da Faculdade de Ciências e Tecnologia, no Monte da Caparica.

De acordo com o Comando Sub-regional da Península de Setúbal, cinco pessoas foram assistidas pela equipa de psicólogos do INEM. Foram ainda mobilizados os Bombeiros Voluntários da Trafaria e uma equipa da Brigada de Minas e Armadilhas da GNR, para confirmar a segurança do espaço.

A investigação da ocorrência, já comunicada à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), fica agora a cargo da Polícia Judiciária. Os factos serão também comunicados ao Ministério Público de Almada. Com Lusa

Notícia actualizada às 16h50 desta quinta-feira: ao contrário do que foi inicialmente avançado por fonte da FCT ao PÚBLICO, a explosão ocorreu nas instalações da Omnidea, e não da YDreams, que terá deixado de funcionar no campus há vários anos.