O significado político do “nem mais um cêntimo” para os polícias

A declaração de Montenegro vale muito mais do que uma qualquer estratégia num processo negocial: vale por aliviar a sensação de que o Estado estava a ficar refém de interesses corporativos.

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1. O primeiro-ministro decidiu falar grosso e recusou acrescentar “um cêntimo” que seja à proposta de melhoria salarial de 300 euros mensais apresentada aos representantes das forças policiais. A declaração de Luís Montenegro vale muito mais do que uma qualquer estratégia num processo negocial sem fim à vista: vale por aliviar a sensação de que o Estado estava a ficar refém de interesses corporativos dos agentes da função pública. No caso, a sua recusa tem a importância simbólica de sugerir que o interesse geral do país não será sacrificado à vozearia de uma classe profissional onde são públicas e notórias as influências demagógicas da extrema-direita. O primeiro-ministro esteve bem e só uma certa forma de fazer oposição que se inspira no “quanto pior melhor” tratou de o censurar.

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