Um bistrô de Espinho inspirado em Paris para celebrar a emancipação feminina

Já ali venderam jarros e colchões, mas a casa estava à espera de Lídia. Replicando as parisienses que se sustentavam servindo comida caseira, é dela a receita de petiscos e hospitalidade do Bistrô 23.

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O Bistrô 23, em Espinho, é inspirado nos espaços parisienses que se sustentavam servindo comida caseira Paulo Pimenta
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Espreitando da rua pelas janelas, já se percebe que o interior daquele rés-do-chão na esquina da Rua 23 com a 12 é acolhedor: dentro do Bistrô 23 vêem-se jarros de flores naturais, anjos de cerâmica, louças antigas de delicados dourados, móveis restaurados em tom pastel, passe-partouts com relevos em bronze, quadros na parede com conselhos zen e cosy como “a felicidade é de fabrico caseiro”. Noutra cidade esse décor talvez não fosse motivo de reparo, mas, para quem tem acompanhado Espinho ao longo das últimas décadas, até o modesto estilo da casa é refrescante: distingue-se numa paisagem comercial que, com excepção para uma dúzia de estabelecimentos, se mantém quase inalterada desde os anos de 1980 e incapaz de seguir as mais simples sugestões decorativas de qualquer rede social gratuita. Além disso, o ambiente caloroso do actual bistrô contrasta bem com o aspecto sombrio das lojas que durante muitos anos ocuparam o mesmo imóvel, suscitando curiosidade e até surpresa perante um miniterraço que antes não se conhecia ao edifício.

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