Taxa de juro dos depósitos a prazo cai em Maio pelo quinto mês, para 2,72%

Montante de novos depósitos foi particularmente influenciado por reaplicação de capitalizações anteriores que chegaram à maturidade.

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Rentabilidade dos depósitos a prazo reforçam tendência de queda Ricardo Lopes
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A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo dos particulares manteve em Maio a mesma tendência de queda que se verifica desde o primeiro mês do corrente ano. O novo valor fixou-se em 2,72%, menos 0,03 pontos percentuais face aos 2,75% verificados em Abril. O valor, divulgado esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), está cada vez mais longe da taxa máxima atingida no ano passado, que foi de 3,08%, verificada em Dezembro.

Os dados mostram que Portugal manteve-se na sétima posição dos países da zona euro que menos remuneram as poupanças dos particulares, cuja média se situou em 3,09% em Maio, a registar uma queda de 0,02 pontos percentuais, inferior à verificada no mercado nacional.

Os novos depósitos ascenderam a 10,6 milhões de euros, uma quebra de 39 milhões de euros em relação ao mês anterior, e, à semelhança do que aconteceu em Abril, “o elevado volume de novas operações de depósitos foi determinado, em grande medida, pela reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, sem renovações automáticas, que atingiram a maturidade em Maio”, destaca o BdP.

A taxa de juro média dos novos depósitos com prazo até um ano diminuiu 0,04 pontos percentuais, para 2,75%, continuando esta a ser o prazo com a remuneração média mais elevada e representar 96% dos novos depósitos em Maio.

Já a remuneração média dos novos depósitos a mais de dois anos diminuiu de 2,01% para 1,97%.

Em ligeira subida estiveram apenas os novos depósitos de um a dois anos, cuja taxa média juro aumentou 0,13 pontos percentuais, passando de 2,03% para 2,16%.

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