Djokovic ainda teve pernas para chegar à terceira ronda
Andy Murray homenageado na despedida do torneio do Grand Slam.
Há três semanas, Jacob Fearnley estava fora do top 500 do ranking mundial. Mas o triunfo no challenger de Nottingham, no seguimento da vitória colectiva no campeonato universitário dos EUA (NCAA), mereceu ao britânico de 22 anos uma subida de 300 lugares na tabela ATP e um convite para o quadro principal de Wimbledon. A estreia em provas do Grand Slam, com uma vitória, não podia ter sido melhor, mas a fasquia subiu em demasia na segunda ronda, em que enfrentou Novak Djokovic.
Com o apoio incondicional dos compatriotas presentes no court central do All England Club, Fearnley deu excelente réplica ao heptacampeão do torneio e por muito pouco não o obrigou a uma quinta partida. Resta saber se, além do mérito do escocês, não ficou demonstrado as limitações do sérvio.
No segundo encontro em Wimbledon – e após uma paragem de um mês, durante o qual foi operado ao joelho direito –, Djokovic venceu, por 6-3, 6-4, 5-7 e 7-5, e afirmou sentir-se bem fisicamente.
“Este encontro merecia um quinto set… mas estou feliz por não ter acontecido. Mérito do Jacob, mas, do meu lado, poderia ter feito melhor, no terceiro set quando tive um break de vantagem. Espero jogar melhor à medida que o torneio avança. A velocidade não está onde eu quero e chego atrasado a bolas a que geralmente chegava bem”, afirmou o número dois do ranking.
O quarto dia ficou marcado pela eliminação de Hubert Hurkacz (7.º). O polaco tinha acabado de salvar um match-point quando caiu mal após voar para executar o vólei e lesionou-se seriamente no joelho, acabando por desistir dois pontos mais tarde, com o resultado em 7-6 (7/2), 6-4, 2-6, 6-6 (9/8).
A vitória caiu para Arthur Fils (34.º) que, aos 20 anos, se tornou no mais jovem a vencer um top 10 em Wimbledon desde 2014, quando Nick Kyrgios eliminou Rafael Nadal.
Alexander Zverev (4.º), Alex de Minaur (9.º), Taylor Fritz (12.º), Ben Shelton (14.º), Holger Rune (15.º) e Lorenzo Musetti (25.º) seguiram para a terceira ronda, ao contrário de Stefanos Tsitsipas (11.º), eliminado por Emil Ruusuvuori (87.º), em quatro sets.
A fechar a jornada, Andy Murray teve a homenagem merecida, após perder na prova de pares, ao lado do irmão Jamie. Esta é a sua última participação em Wimbledon, torneio que venceu em 2013 – interrompendo o jejum de 77 anos sem campeões britânicos – e 2016.
Iga Swiatek faz história
No torneio feminino, Iga Swiatek passou a ser a primeira tenista a vencer mais de 20 encontros consecutivos enquanto líder do ranking mundial desde Serena Williams (entre 2014 e 2015). A 21.ª vitória aconteceu diante de Petra Martic (85.ª), por 6-4, 6-3, e colocou a polaca, que não gosta de jogar em relva, na terceira ronda.
Amante deste piso é Ons Jabeur (10.ª). A tunisina venceu a qualifier Robin Montgomery (161.ª), por 6-1, 7-5, e é, desde a sua estreia em Wimbledon, em 2017, a jogadora com mais vitórias em singulares no torneio: 19.
Elena Rybakina (4.ª), Danielle Collins (11.ª), Daria Kasatkina (12.ª), Madison Keys (13.ª), Jelena Ostapenko (14.ª), Beatriz Haddad Maia (20.ª), Elina Svitolina (21.ª) e Barbora Krejcikova (32.ª) passaram igualmente a segunda ronda.