Isaac Jaló volta ao Prisma para reavivar o V das suas Peripécias Espaciais

Estreado em Dezembro de 2023, o espectáculo de poesia ao vivo intitulado V vai ter continuidade esta sexta-feira por Isaac Jaló. No Prisma Estúdio Lisboa, às 21h.

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Isaac Jaló e o anúncio da continuidade de V no Prisma Estúdio DR
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Foi em Dezembro de 2023 que Isaac Jaló lançou publicamente o espectáculo a que deu o nome de V, do terceiro volume da sua obra Peripécias Espaciais. Este, intitulado M, inclui um sublivro também baptizado com uma só letra, V e estruturado em cinco partes: V de Vácuo, V de Vermelho, V de Vilão, V de Vendetta e V de Vitória. A apresentação pública de V foi no Prisma Estúdio, em Lisboa (na Rua da Palma 268), mas não ia ficar por ali.

Agora, recordando que esse seu trabalho dá conta de “um reflexo intenso na expressão, sobre o estado actual da realidade, contada numa voz de revolta. De Abril”, Isaac Jaló volta à mesma sala para dar continuidade a este capítulo do seu trabalho. Nascido em Lisboa, no dia 1 de Outubro de 1996, Isaac apresenta-se aqui na pele do heterónimo que criou, V, de Vendetta, dizendo-se “pela justiça de todas as pessoas e uma voz activa pelas causas sociais como no romance contemporâneo Islâmicos 14:38”, um dos livros de sua autoria, este editado em 2018 pela Chiado Books. Antes dele, escrevera Alma Perdida (Universus, 2013), colaborando em publicações independentes como a Orpheu 3, de André Di Santo e participando em encontros de jovens poetas como o Poemacto ou a Poesia Vadia. Integra ainda a antologia poética Bicho Mudo, Viro Bicho (2021), do colectivo Poemacto.

Deste seu espectáculo, diz Jaló: “Uma obra sobre a Vítima esquecida no Vácuo, que se transforma no Vilão para que possa ser escutada a sua Voz. Uma Vendetta, movida de Vingança, com o fim de aclamar a Vitória. O fim do espectáculo será determinado pelo público, havendo microfone aberto, para quem quer que tenha Vontade de…”

Aqui fica um excerto de V, de Peripécias Espaciais, numa cadência sonora e num ritmo de escrita a que não serão alheios o rap e o hip hop: “Gosto de descer a calçada da Rua do Alecrim pelo seu lado esquerdo, num perfil discreto, contraposto à luz, mas circunspecto. As pedras na calçada serão imaculadas com as estrelas da nossa Lisboa. Nova Lisboa, ouvi o Dino num hino, eu sou o novo Pessoa. António Variações, vario acções e voo para Goa. Muito sinto, quinhentos e vinte, desaperto o cinto. Num labirinto, eu muito finto, as serpentes e os dormentes deste recinto. Castelo de Cartas, com amor, mas não mo partas. Às quartas… Pensão do Amor, escrevendo cartas… Com amor… mas não mo partas.”

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