Na música de Polido, o passado é uma bomba por rebentar

No álbum Hearing Smoke, o artista da Marinha Grande dá novos sentidos à música de Lopes-Graça, Clotilde Rosa e outros pioneiros portugueses.

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Polido é já dono de uma discografia assinalável DR
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“Enquanto gerimos os resíduos de um mundo que acaba, há outro mundo a nascer”, ouvimos alguém dizer a partir do palco do espaço Rua das Gaivotas 6, não muito longe da Assembleia da República. Perante uma pequena audiência, três performers (Ana Tang, June João e Guilherme Leal) lêem textos, tocam num prato de bateria, exploram o feedback de uma coluna bluetooth, mostram acetatos através de um retroprojector – incluem referências às invasões francesas em Leiria, ao pinhal local, seus incêndios e lendas. Escondido, o criador deste universo pessoal e colectivo, João Polido, manipula os sons criados em palco e lança outros, como um serpenteante sintetizador que imagina Jon Hassell numa gruta ecoante.

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