Grupo da revista Visão tem dívidas de 30 milhões de euros e Estado é o principal credor

Empresa detida por Luís Delgado, com 171 funcionários e 16 publicações, está agora dependente da aprovação pelo fisco e pela segurança social de um plano de recuperação.

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Instalações da TIN Nuno Ferreira Santos
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O grupo Trust in News (TIN), que detém a revista Visão e mais 15 outros títulos, tem dívidas de cerca de 30 milhões de euros, dos quais 15,9 milhões ao Estado. Segundo avança nesta quarta-feira o Jornal de Negócios (link pago), o futuro da empresa, detida pelo empresário e ex-jornalista Luís Delgado, está dependente da aprovação pelo fisco e pela segurança social do plano de recuperação.

O grupo que edita também revistas como a Exame, Caras, Visão História, Jornal de Letras e Courrier International foi comprado por Delgado em 2018 à Impresa, de Pinto Balsemão, por 10,2 milhões de euros, dos quais 4,2 milhões ainda estão em dívida.

Neste momento, a TIN emprega 171 pessoas. De acordo com o Processo Especial de Revitalização (PER) do grupo, a que o Jornal de Negócios teve acesso, a segurança social (8,9 milhões de euros) e o fisco (7 milhões) representam 53,2% do total da dívida (de 29,9 milhões de euros) apresentada pela empresa, pelo que o plano de recuperação proposto só poderá ser aprovado com o voto favorável das entidades estatais.

O terceiro maior credor da TIN é a Impresa, a dona da SIC e do Expresso. O quarto maior da lista de mais de 170 credores, indicados pela unipessoal de Delgado, que também foi administrador da Lusa e é comentador de política na SIC, é o Novo Banco, que tem a haver 3,5 milhões de euros.

Ainda segundo o Jornal de Negócios, no rol de credores da TIN estão também entidades como os CTT (1,86 milhões de euros), BCP (922 mil euros), Associação Portuguesa de Imprensa (36.305 euros), Lusa (27.575 euros), Reuters (25.403 euros), APCT – Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (21.072 euros), Sport Lisboa e Benfica (8824 euros), ANJE (4320 euros), Cláudio Ramos Unipessoal (3400 euros), Misericórdia do Porto (2331 euros) e Facebook (480 euros).

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